O apelo dos membros do Parlamento Europeu surge depois do anúncio da Walmart de que iria retirar estes artigos das prateleiras. Os políticos europeus pedem que a Amazon siga este exemplo e, retirando os produtos do site, não contribua para a ofensa das memórias das vítimas do regime soviético.
Um grupo de 27 membros do Parlamento, com alguns representantes de países de Leste, pede «a descontinuação da venda de bens com o símbolo do martelo e da foice, representativo da União Soviética, na plataforma da Amazon Inc», cita o The Guardian. No site, é fácil encontrar t-shirts, disfarces completos, bandeiras e outros itens com elementos alusivos ao regime soviético.
Os políticos lembram que há mais de 60 milhões de vítimas deste regime e mais de 10 milhões de deportados para campos de concentração na Sibéria cujas memórias e experiências podem estar a ser ofendidas com a disseminação destes artigos. «As ações sangrentas, o terror e a desumanidade do regime Soviético afetaram quase todas as famílias nos países ocupados», lê-se na missiva dirigida ao patrão da Amazon.
A Amazon ainda não reagiu a este pedido, mas sabe-se que o estilo inspirado no regime soviético, incluindo roupas com o símbolo e a designação CCCP, ou USSR em círilico, tem vindo a ganhar popularidade nos anos recentes.