Mais de 1,6 milhões de americanos dependem das denominadas plataformas de intermediação na Internet para conseguirem encontrar trabalho. A estimativa foi revelada pelo Gabinete de Estatísticas no Trabalho dos EUA relativamente ao ano de 2017. Este total corresponde a cerca de um por cento da força de trabalho em Terras do Tio Sam, informa a Technology Review.
Os números agora anunciados apresentam algumas tendências curiosas: cerca de metade dos “tarefeiros” que usam as plataformas de intermediação (Uber, AirBnB, reparações, etc.) não faziam este tipo de trabalhos anteriormente. O que permite perceber por que é que, ao contrário do que sucedia com os biscates tradicionais (gigs, em inglês), nos serviços atribuídos através de plataformas de intermediação a maioria dos candidatos é de origem caucasiana.
As estimativas ajudam a ter uma ideia desta nova economia, mas não podem ser encaradas com o retrato definitivo de uma nova tendência que, no limite, poderá levar a rever a metodologia de análise das estatísticas usadas no mercado laboral. «À medida que a economia muda, precisamos de fazer medições ao longo do tempo, em paralelo com novas formas de pensar e avaliar o Trabalho, a fim de entender totalmente as experiências sentidas pelos trabalhadores e os desafios que enfrentam», explica Shelly Steward, investigadora do Instituto Aspen, citada pela Technology Review.