Segundo os especialistas da KU Leuven, era relativamente fácil quebrar a cifra de 40 bits usada para proteger os códigos presentes nas chaves dos Model S. Os piratas só precisavam de obter os dois códigos de uma chave e usar chaves de encriptação até descobrirem qual a que dava acesso ao carro. A partir daí, seria possível criar uma tabela com pares de códigos que permitiriam descobrir a encriptação para clonar qualquer chave. O equipamento necessário, segundo os investigadores, passa por um Raspberry Pi, dois rádios, baterias e uma pen USB para armazenar a tabela. Segundo noticia do Engadget, tudo isto pode ser comprado por menos de 600 dólares.
Pela positiva, todos os Model S produzidos desde junho já usam uma encriptação mais segura e não podem ser pirateados através deste tipo de ataque. Por outro lado, a empresa de Elon Musk lançou uma atualização de software para os veículos mais antigos. Além disso, a Tesla disponibiliza, desde agosto, a opção de ter de se introduzir um código PIN no painel central para ter acesso aos sistemas. Dessa forma, os criminosos até poderiam entrar no carro, mas não poderiam fazer nada sem o PIN.
A KU Leuven avança que notificou a Tesla para esta vulnerabilidade em agosto de 2017, mas que a empresa demorou algum tempo a reagir, verificar e lançar a correção. Segundo esta equipa, a mesma vulnerabilidade pode estar a afetar carros McLaren, Karma ou Triumph.