Foi o crime que mais cresceu desde 1998 – mas ainda não chegou ao top 10 das ocorrências registadas pelas polícias portuguesas em 2016. No ano passado, a cibercriminalidade registou um total de 9246 queixas. Em 1998, os crimes que recorriam a ferramentas eletrónicas ou informáticas apenas totalizaram 158 ocorrências.
Os números são dados a conhecer hoje pelo jornal Público, que teve acesso às estatísticas trabalhadas pelo Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça da Direcção-Geral da Política de Justiça.
Além do crescendo das queixas de crime informático, há outro dado que ajuda a confirmar uma transformação tecnológica – e em especial nos meios de pagamento usados pela população: os crimes relacionados com a emissão de cheques sem provisão (conhecidos na gíria por “carecas”) passaram do segundo lugar em 1998, com 35.858 ocorrências, para o fundo da tabela com 74 casos reportados durante o ano passado.
Tecnologias à parte, o balanço estatístico de 24 anos de justiça portuguesa permitiu ainda apurar que, em cada dezena de casos denunciados, quatro estão relacionados com furtos; Os crimes registados pelas autoridades cresceram sete por cento entre 1998 e 2016; no ano passado foram contabilizados 330.872 ocorrências relacionadas com crimes; a ofensa à integridade voluntária simples, foi o crime mais reportado pelas autoridades durante 2016, com 23.173 ocorrências.