Os combatentes do lado pró-russo estavam muito melhor apetrechados do que se esperaria e tinham armas eficazes para bloquear e piratear os drones usados pelas forças ucranianas. Natan Chazin, um consultor militar ucraniano, explica à Reuters que «desde o início, a decisão de usar estes drones no nosso conflito foi errada». Segundo este especialista, os aparelhos encomendados à americana AeroVironment deviam ter sido logo devolvidos. A ideia dos norte-americanos passava por dotar os militares ucranianos com drones de vigilância portáteis, leves e não armados para serem usados no campo. A tecnologia militar do lado pró-russo acabou por levar a melhor e permitiu intercetar os drones e bloquear os feeds de vídeo e de dados recolhidos.
O exército dos EUA continua a usar estes drones, mas na sua variante digital. Uma das explicações avançadas para este insucesso passa pelo tempo prolongado que a encomenda demorou a ser preparada e entregue, o que fez com que a tecnologia já não fosse tão eficiente.
Ainda não é conhecida a estratégia que Trump vai adotar em relação a este conflito e não se sabe se os EUA possuem no seu arsenal drones capazes de evitar a deteção por parte dos russos. A Ucrânia terá de continuar a adaptar drones comerciais para os seus fins militares.