A Microsoft parece considerar que o fundo do oceano é o melhor local para instalar centros de dados. O objetivo é aproveitar a água para manter a temperatura baixa, mantendo os custos de arrefecimento reduzidos e sendo uma alternativa mais amiga do ambiente.
O primeiro protótipo deste projeto foi criado em 2014 e, em agosto do ano passado, a empresa colocou a cápsula debaixo de água. Ao fim de 105 dias, a equipa considera que o projeto teve um sucesso maior do que o esperado, noticia o The New York Times. Este projeto ainda está nas primeiras fases de desenvolvimento, mas a Microsoft explica que é o momento ideal para começar a repensar na estratégia para armazenamento de dados, na medida em que a computação na nuvem está a crescer e há uma necessidade cada vez maior de guardar informação.
A gigante de Redmond explica que metade da população mora a menos de 200 quilómetros de um oceano, o que torna o sistema mais fácil de aumentar de capacidade, caso seja necessário. A Microsoft defende também que, se conseguir produzir as cápsulas de forma massiva, consegue instalar os centros no fundo do mar em menos de 90 dias, período substancialmente mais curto do que os dois anos necessários para montar um centro de dados em terra. Por último, a grande vantagem passa também por se conseguir desenvolver turbinas gigantes que aproveitem a água do oceano para arrefecer os centros de dados.
A Leona Philpot, primeira cápsula testada, foi colocada no fundo do mar e continha apenas uma única rack selada num contentor pressurizado e com nitrogénio. A empresa usou mais de cem sensores para monitorizar as condições dentro e fora da cápsula, para detetar variações, por exemplo, na humidade, pressão e movimento.