O Kickstarter contratou um jornalista para apurar o que se tinha passado realmente com o projeto do drone Zano. Mark Harris viajou para Gales e esteve seis semanas a entrevistar o máximo de intervenientes relacionados com o caso que conseguiu.
Segundo a BBC, a investigação de Harris explica que o Torquing Group saiu da cabeça de um engenheiro chamado Ivan Reedman, que teve o mérito de ter um bom marketing em torno do Zano, mas não tinha uma equipa com as competências necessárias para construir um drone com aquelas características.
«Os diretores da Torquing geriram mal o negócio e gastaram o dinheiro do Kickstarter de forma demasiado livre, mas não encontrei provas de que qualquer um deles tenha enriquecido com o dinheiro recolhido junto da comunidade», conclui Harris.
O jornalista explica que não se trata de nenhum esquema para ficar com os fundos recolhidos, mas sim de incompetência.
O próprio vídeo de demonstração do projeto cria nos espetadores uma imagem irreal das capacidades do Zano. Na verdade, o drone nunca foi capaz de fazer aquilo que se vê no vídeo. Os responsáveis do Kickstarter também têm motivos para se sentirem iludidos, uma vez que o Zano foi destacado como “escolha do staff”, um selo que supostamente confere maiores garantias aos projetos.
Os responsáveis da Torquing anunciaram em novembro o fim do projeto do Zano e que não iriam conseguir devolver o dinheiro que a comunidade já lhes tinha doado.