É investigador ou trabalha numa empresa portuguesa e gostava de explorar um conceito inovador? A solução pode chegar com o último concurso de financiamento de programas de inovações empresariais de longa duração que acaba de ser lançado pela parceria Carnegie Mellon / Portugal. As candidaturas fecham a 16 de dezembro. A parceria conta com um total de 5,2 milhões de euros para financiar entre quatro e sete projetos empreendedores, que contem com a participação de empresas e da comunidade científica.
João Claro, diretor nacional do Programa Carnegie Mellon / Portugal, recorda que os financiamentos serão atribuídos, por um júri internacional, a projetos que «reúnam componentes científicas e componentes empresariais».
«Estamos a tentar dar o nosso contributo para transformar o tecido empresarial», acrescenta o responsável pelo Programa Carnegie Mellon / Portugal.
As denominadas Iniciativas Empreendedoras de Inovação (ERI) têm em vista o desenvolvimento de projetos que reúnam empresas e investigadores e que possam abrir caminho a produtos e serviços inovadores, ou que, simplesmente, transformam a forma de funcionar de uma empresa no mercado.
Os projetos são apoiados durante quatro anos – e é o último concurso com esta duração que a Fundação para a Ciência e Tecnologia vai lançar no âmbito da parceria Carnegie Mellon / Portugal (pelo menos, até 2017).
João Claro escolhe entre os 31 projetos apoiados ao longo dos últimos anos alguns exemplos reveladores do impacto que o apoio da parceria Carnegie Mellon Portugal trouxe para alguns produtos e empresas portuguesas: «O projeto Drive-In deu origem a uma plataforma que tem vindo a ser explorada pela Veniam; a PT desenvolveu novas soluções para os seus centros de dados; e a OutSystems conseguiu robustecer a sua plataforma de produção de apps».
O coordenador da parceria com a universidade norte-americana acredita que os apoios da Carnegie Mellon podem ajudar a catapultar relações de parceria ou colaboração que investigadores e empresas estabeleceram anteriormente. «Há benefícios indiretos. O nosso apoio também ajudar a inserir projetos e investigadores em redes de conhecimento e negócios internacionais».