Torres Sobral, líder do GNS, confirmou hoje que continua sem saber o que o Governo pretende fazer quanto ao lançamento do CNC.
O CNC, por imperativos da Comissão Europeia e da NATO, deveria ter sido lançado até ao final de 2012. Esse prazo acabou por não ser respeitado. E Torres Sobral diz não ter recebido qualquer sinal do Governo para avançar com o projeto que foi delineado por uma comissão instaladora liderada pelo GNS.
«Continuamos à espera, mas ainda não sabemos quando e onde vai funcionar», lembrou hoje o líder do GNS, durante uma participação num workshop organizado pela Anacom.
Em maio, com a entrada em funções de Berta Cabral, Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, começaram a circular as primeiras notícias que davam conta de que a constituição e o arranque dos trabalhos em torno do CNC estaria para breve.
De acordo com o Computerworld, a governante chegou mesmo a prometer a publicação de uma portaria (que, presume-se, deveria ser acompanhada da verba necessária para o investimento em máquinas e instalações) que tornaria possível criar a unidade de resposta a ciberataques às infraestruturas críticas do Estado.
Apesar da promessa, a portaria nunca terá sido publicada até hoje – e também não há sinal de que a verba necessária tenha sido disponibilizada.
Ao que a Exame Informática apurou, os responsáveis do GNS já escolheram um potencial local para acolher o futuro CNC, mas Torres Sobral diz que, para já, a localização não é o mais importante: «Queremos que o CNC seja criado; não discutimos onde é que deverá ser instalado».