No dia 27 de fevereiro soube-se que a Groupin apresentou uma perda de 81,1 milhões de dólares nos lucros líquidos referentes ao último trimestre de 2012. A faturação apresentou um crescimento de 30% (para 638,3 milhões de dólares) no mesmo período, mas esse crescendo já não foi a tempo de salvar o posto de Andrew Mason.
Ontem, um dia depois de serem apresentados os resultados trimestrais, o criador e diretor executivo da famosa rede de descontos e vouchers, confirmou numa carta enviada para os colaboradores que foi despedido pela restante administração.
Mason não se coibiu de recorrer à ironia na mensagem que enviou aos trabalhadores da Groupon: «Depois de quatro anos e meio intensos e fantásticos enquanto CEO da Groupon, decidi que vou passar a dedicar mais tempo à família. Estou a brincar – fui despedido hoje. Se ainda não percebeu qual o motivo… é porque não tem estado muito atento».
Segundo a Reuters, Eric Lefkofsky, um dos fundadores da companhia, e o membro da direção Ted Leonsis deverão assegurar a liderança da Groupon a título interino, até a administração contratar um novo CEO.
A ascensão de Andrew Mason ao topo da Internet começou em 2008. Através das compras em grupo, a Groupon criava uma nova forma de fazer comércio eletrónico, que não tardou a inspirar várias réplicas e imitações que também tinham por base a angariação de potenciais consumidores através da Net e descontos atrativos.
A crescente popularidade do serviço não chegou para travar os resultados negativos das finanças da Groupon. Entre a data de estreia na bolsa, em novembro de 2011, e a atualidade, os títulos do site de descontos registaram uma desvalorização de 77%. A notícia de despedimento de Mason também não ajudou a desanuviar o ambiente pessimista: ontem, as ações da Groupon registaram uma perda de 24% na bolsa de Nova Iorque, noticia a Reuters.
