Depois das demissões do CEO Michael Woodford e do chairman Tsuyoshi Kikukawa, a Olympus confirmou que, desde os anos 1990, recorreu a expedientes para mascarar perdas e prejuízos.
Quando quase todo o mercado acreditava que o escândalo já tinha alcançado o auge, eis que a imprensa internacional dá conta de mais um episódio abonatório, com o início de uma investigação em torno de um possível buraco de 4,9 mil milhões de dólares e ainda a averiguação de eventuais ligações da antiga cúpula da fabricante de câmaras e equipamentos médicos ao mundo do crime organizado.
De acordo com o The New York Times, as autoridades japonesas suspeitam que os responsáveis pelas contas da Olympus tenham recorrido a grupos mafiosos para dissimular uma contabilidade menos animadora. Esse expediente terá por sua vez implicado pagamentos avultados aos criminosos.
Em paralelo com o cenário de crise, destaque para a iniciativa de um ex-diretor da Olympus, que criou um site que defende o regresso de Michael Woodford à companhia.
Michael Woodford tornou-se, em Fevereiro, o primeiro CEO ocidental da companhia japonesa – mas acabou por ser demitido em outubro, depois que questionar os valores investidos na aquisição de uma empresa britânica.
O site, que dá pelo nome Olympus Grassroots , foi criado por Koji Miyata, um ex-profissional da Olympus com 70 anos de idade.