A Sony vai mostrar novos jogos para a consola PlayStation 5 (que só é lançada mais tarde este ano) numa apresentação já gravada e que irá ser transmitida apenas a 11 de junho. O adiamento surge porque a Sony pretende deixar que “vozes mais importantes sejam ouvidas”, referindo-se aos protestos em todo o mundo contra a brutalidade policial, desencadeados pela morte de George Floyd.
O vídeo de apresentação dos jogos foi criado em contexto de pandemia, com muitas das equipas a trabalhar a partir de casa, pelo que o resultado final vai ter resolução de 1080p e 30 frames por segundo e não será em 4K. A decisão por esta resolução justifica-se pela necessidade de facilitar o processo de produção a partir de computadores nas casas dos funcionários. A Sony recomenda que o vídeo seja visto com headphones por ter feito algum trabalho de enriquecimento do áudio.
O CEO da Sony PlayStation, Jim Ryan, deu uma entrevista exclusiva à Cnet, onde admite não ser tempo de festejar e que “há momentos na vida em que algo acontece à nossa volta e percebemos que nada do que fizemos é grande o suficiente, bom o suficiente ou justo o suficiente. Este é um desses momentos”. O executivo comprometeu-se a angariar um milhão de dólares para apoiar causas que defendam a comunidade negra.
Outras unidades da Sony têm também reagido a esta situação. A Sony Electronics vai ter momentos de silêncio internos para dar relevância e tempo para se pensar sobre a situação mundial, a Sony Alpha tem estado a partilhar no Twitter imagens dos protestos e a Sony Music Group vai lançar um fundo de 100 milhões de dólares para apoiar iniciativas anti-racistas e de justiça social.