A Facebook anunciou ter consultado a Organização Mundial de Saúde e outras instituições na área da Saúde para obter uma lista de alegações falsas ou que induzam em erro sobre o tema da vacinação e que irá passar a remover publicações, grupos e páginas que veiculem estas mensagens. O objetivo é diminuir a desinformação sobre a vacinação no geral, não só a campanha contra o novo coronavírus.
Até agora, a Facebook despromovia apenas o conteúdo desinformativo, fazendo com que aparecesse no fundo dos feeds de notícias dos utilizadores e diminuindo o seu alcance. Agora, uma alteração na política significa que essas mensagens vão ser mesmo eliminadas da plataforma. Kang-Xing Jin, responsável pela Saúde na Facebook, explica que “construir confiança nas vacinas é crítico, por isso estamos a lançar a maior campanha mundial para ajudar as organizações públicas da área da Saúde a partilhar informações precisas sobre as vacinas contra a Covid-19 para encorajar as pessoas a serem vacinadas”, cita o New York Times.
A alteração na política surge depois de uma deliberação do Facebook Oversight Board, um organismo independente que atua como um Supremo Tribunal na rede social, que recomendou a criação de um novo standard no que toca a desinformação na Saúde, por considerar que o regulamento atual era “inapropriadamente vago”.
Além de eliminar os conteúdos nocivos, a Facebook vai oferecer 120 milhões de dólares em publicidade que os ministérios da Saúde, organizações não governamentais e agências podem usar para disseminar informação correta sobre o tema.
Recorde-se que a Facebook sempre se tinha mostrado relutante em eliminar conteúdo da plataforma, alegando estar a defender a liberdade de expressão dos utilizadores, mas com a noção de que as alegações erradas sobre a vacina possam estar a conduzir a “perigos imediatos e diretos” para os utilizadores a empresa parece determinada em emendar a mão.