Um vídeo que foi republicado por Donald Trump tornou-se o primeiro a receber a nova tag do Twitter que pretende alertar os utilizadores quando estão a ver conteúdos que foram manipulados
Os conteúdos que tiverem sido “significativa e deliberadamente adulterados ou manipulados” passam a receber a classificação de ‘media manipulado’ no Twitter, de forma a que os utilizadores estejam cientes.
A apresentação desta tag foi feita no mês passado, mas só agora entrou em funcionamento com um vídeo carregado pelo diretor da Casa Branca para Redes Sociais, Dan Scavino, e partilhado depois pelo próprio presidente dos EUA.
O vídeo em questão foi alterado de forma a parecer que Joe Biden, o candidato presidencial democrata, acidentalmente está a apoiar Trump.
No conteúdo partilhado, Biden é visto a dizer “Desculpem, mas só podemos reeleger Donald Trump”, quando na realidade o candidato continou a frase dizendo que “só podemos reeleger Donald Trump se estivermos presos neste esquadrão de fuzilamento circular aqui. Temos de ter uma campanha positiva”, ou seja, Biden pretendia passar a mensagem exatamente oposta.
A nova classificação começou a ser preparada em novembro, depois de consultados vários especialistas da Witness, do Instituto Reuters e da Universidade de Nova Iorque. O que determina se o conteúdo foi alterado é a análise feita aos metadados, ao contexto da mensagem e à informação pública sobre os utilizadores.
O objetivo do Twitter é ter um papel mais ativo na ajuda aos utilizadores para identificarem conteúdos manipulados e para combater o assédio na plataforma.
O compromisso que a rede social assumiu, depois de muitos pedirem que Trump fosse excluído do Twitter, é que passaria a revelar os conteúdos questionáveis partilhados por figuras públicas, mas que os iria manter publicados por fazerem parte do discurso da plataforma.