A Avast, companhia de software de segurança mais conhecida pelo antivírus gratuito que disponibiliza, está a vender informações com o histórico de navegação da Internet dos seus utilizadores através de uma empresa subsidiária chamada Jumpshot. A investigação foi levada a cabo pela Motherboard e pela PCMag, que referem que o software recolhe dados como as pesquisas efetuadas no Google e no Google Maps, tal como as visitas a páginas do LinkedIn, vídeos no YouTube e websites de pornografia.
Estas informações são depois transformadas numa espécie de pacote e vendidas à Jumpshot, empresa que depois as comercializa aos seus clientes. Entre os nomes que são ou foram clientes da Jumpshot incluem-se Microsoft, Google, Pepsi e Sephora, por exemplo.
Um porta-voz da Avast, citado pela Cnet, refere que a Jumpshot não adquire informações pessoais como o nome, endereço de email ou contactos das pessoas. Além disso, refere que, desde julho de 2019, os utilizadores têm a hipótese de desativar a opção de partilha de dados com a Jumpshot.
Esta opção surge numa janela pop-up, mas, como passava despercebida a muitas pessoas, a Avast está a trabalhar numa forma mais clara de desativar/ativar a opção de partilha de dados que entrará em vigor em fevereiro deste ano. Na política de privacidade da empresa lê-se que o consentimento permite à Jumpshot criar conjuntos de dados não identificativos que permitam construir produtos e serviços relacionados com a análise de tendências.
Saliente-se que a Avast afirma ter mais de 400 milhões de utilizadores a nível mundial.