A plataforma de vídeo YouTube defendeu Steven Crowder, um utilizador americano que publicou vários vídeos de cariz homofóbico relativos a Carlos Maza, um jornalista mexicano que escreve atualmente para a publicação Vox. De acordo com o The Guardian, na semana passada o jornalista tornou pública uma compilação em formato de vídeo da sua autoria que reunia todos os insultos que lhe foram feitos por Crowder.
«Tudo começou há vários anos e eu tentei sinalizar esta porcaria em várias ocasiões», diz Maza no vídeo que publicou, sublinhando que a «YouTube nunca vai reforçar as suas políticas (…) StevenCrowder tem três milhões de subscrições e um reforço das políticas de utilização levaria a que vários utilizadores acusassem a plataforma de ser anticonservadora.»
Esta quarta-feira a YouTube pronunciou-se sobre o assunto num comunicado público, afirmando que já destacou «uma equipa para fazer revisão de conteúdos em profundidade dos vídeos em causa», tendo concluído que «embora tenha sido detetada linguagem imprópria, os vídeos publicados não violam as políticas de utilização da plataforma.»
«Sendo uma plataforma aberta, é crucial permitir que criadores, jornalistas e apresentadores de programas possam expressar as suas opiniões dentro dos parâmetros que estabelecemos nas nossas políticas. As opiniões podem ser profundamente ofensivas, mas se não violarem as políticas não serão removidas do site», sublinhou a YouTube.
A plataforma de vídeo não explicou os motivos pelos quais o vídeo de Crowder não violou a política contra o assédio e o cyberbullying da YouTube, embora esta deixe claro que são proibidos «todos os conteúdos que incluam comentários negativos ou ofensivos sobre outra pessoa», bem como «estereótipos que incitem ou promovam o ódio», que pretendam atacar uma determinada etnia ou orientação sexual.