Ao entrar no sistema informático de uma empresa de segurança situada próxima de Amsterdão na Holanda, o hacker falsificou um par de credenciais que lhe permitiram bisbilhotar ligações de internet aparentemente seguras, explica o New York Times.
O hacker terá, alegadamente, acedido a mais de 300 mil contas de email de cidadãos iranianos este verão. Mas mais importante, é o facto de o Comodohacker, como se autointitula, conseguir explorar uma falha num sistema de segurança online confiado por milhões de pessoas.
O hacker referiu ao New York Times que agiu sozinho e o jornal descreve-o como insensível ao facto de ter, possivelmente, espiado as contas de milhares de compatriotas que se opõem ao governo de Ayatollah – que ele venera.
"Sou totalmente independente. Apenas partilho as minhas descobertas com algumas pessoas no Irão. Eles são livres de fazerem o que quiserem com a informação que partilho, mas não sou responsável pelo que possa acontecer", disse o hacker numa troca de e-mails com o jornal norte-americano.
O hacker comprometeu os certificados de segurança emitidos pela DigiNotar, utilizados por serviços populares como o Google ou o Facebook. A sabotagem dos certificados levou o Google a emitir um alerta aos seus utilizadores iranianos, pedindo-lhes que mudem as suas passwords. Entretanto o Google, a Mozilla e a Microsoft suspenderam os certificados da DigiNotar nos seus browsers – Chrome, Firefox e Internet Explorer.
Durante a troca de e-mails, o hacker afirmou ao New York Times que "O meu país (Irão) devia ter controlo sobre o Google, Skype, Yahoo, e outros", avisando que "estou a quebrar todos os algoritmos de criptografia e a dar ao meu país o poder de controlá-los todos".
Acha que as empresas têm meios para se protegerem de ataques futuros?
