O AI Research SuperCluster (RSC) – nome do supercomputador para Inteligência Artificial (IA) que a Meta, dona do Facebook, acaba de anunciar – é composto por 760 unidades do DGX Nvidia A100, uma infraestrutura integrada com um total de 6080 unidades unidades gráficas equipadas com núcleos de processamento tensor (otimizados para cálculos matemáticos e tarefas de IA). Está também equipado com um sistema de comunicação entre nós de computação que permite transferir 200 Gb/s, sendo ainda composto por 231 petabytes de diferentes sistemas de armazenamento de dados. Assim, como está, a Meta diz já ser suficiente para figurar na lista dos mais potentes supercomputadores de IA do mundo. Mas não vai ficar por aqui.
Quando for concluída a segunda fase deste supercomputador, algo que deverá acontecer durante o verão, o Facebook estima que seja mesmo o mais potente computador do mundo para tarefas de IA, capaz de executar cinco quadriliões operações de ponto flutuante por segundo (5 exaflop/s).
Nessa altura, o RSC deverá ter um total de 16.000 unidades de processamento gráfico com núcleos tensor. Por comparação, o Perlmutter, o supercomputador de IA mais potente em funcionamento, está equipado com 6.159 unidades gráficas com núcleos tensor da linha A100 da Nvidia.
O RSC já está a ser usado pelos investigadores do Facebook para treino de modelos de processamento de linguagem natural e ferramentas de visão computacional, “com o objetivo de um dia treinar modelos com um bilião de parâmetros”, lê-se no comunicado de imprensa que anuncia o supercomputador.
“Esperamos que o RSC nos ajude a construir sistemas de IA inteiramente novos que podem, por exemplo, processar traduções de voz em tempo real para um grande grupo de pessoas, cada uma a falar idiomas diferentes, para que possam colaborar sem restrições num projeto de investigação ou jogar um jogo em realidade aumentada juntos. Em última análise, o trabalho feito com o RSC vai definir o caminho para a construção das tecnologias para a próxima grande plataforma de computação – o metaverso, no qual as aplicações e os produtos de IA vão desempenhar um papel importante”, defendem ainda Kevin Lee e Shubho Sengupta, investigadores da Meta.
A tecnológica americana estima mesmo que algumas das primeiras experiências com o novo supercomputador durem “semanas” e necessitem de “milhares de GPU” durante todo este período.