As empresas Thales e Raytheon UK garantiram três contratos com quatro anos de duração e avaliados em cerca de 84 milhões de euros para o desenvolvimento e implementação de armas laser. Os equipamentos devem poder ser montados em navios, carrinhas e blindados para ser testada a utilização no terreno.
Esta adjudicação revela o interesse do Reino Unido (também registado noutros países, como os EUA) em explorar as vantagens do laser para ser usado em combate. Estas armas disparam ‘munições’ que viajam à velocidade da luz, podem ser capazes de destruir um míssil hipersónico e apresentam um custo baixo por disparo. Outra vantagem é o facto de as munições serem praticamente ilimitadas, dependendo apenas da alimentação elétrica, lembra o New Atlas.
A iniciativa faz parte do NWP (Novel Weapons Programme) do Reino Unido e tem o objetivo de desenvolver um trio de armas que possam ser instaladas em veículos marítimos e terrestres sem necessidade de grandes ajustes nestes. O primeiro vai equipar uma fragata Type 23 da Marinha e dotá-la de capacidade de deteção, monitorização e neutralização de veículos aéreos não tripulados (drones). Outra arma laser vai ser colocada num blindado Wolfhound do Exército para combater drones e outras ameaças aéreas. O terceiro sistema vai equipar um camião MAN SV e tirar partido de radiofrequência para detetar, monitorizar e neutralizar ameaças aéreas, terrestres e marítimas.
Os testes devem decorrer entre 2023 e 2025 no terreno.