O Telescópio James Webb está dotado de uma unidade SSD de 68 GB onde arquiva imagens captadas ao longo de um dia. É por esta unidade de armazenamento que passam as fotografias nítidas e de elevada resolução que depois são enviadas para Terra.
Com um investimento a rondar os dez mil milhões de dólares, o armazenamento parece não estar à altura, mas a NASA escolheu esta opção por ser a mais adequada para suportar elevados níveis de radiação a que é sujeita e para suportar as temperaturas extremas, que chegam aos 50 graus centígrados negativos. A unidade de armazenamento teve de passar por um longo processo de certificação.
Segundo o IEEE Spectrum, esta SSD pode ficar cheia em menos de 120 minutos com o subsistema de 48 Mbps de comandos e dados. O Telescópio propriamente dito tem a capacidade de transmitir dados a 28 Mbps através da ligação 25,9 GHz Ka-band com a Deep Space Network.
Em comparação com o antecessor Hubble, o James Webb recolhe cerca de 57 GB de dados por dia (contra os 1-2 GB do satélite ‘antigo’) e transfere-os em 4,5 horas, durante uma janela temporal de quatro horas por dia. Contas feitas e este telescópio precisa de armazenamento suficiente para guardar dados recolhidos apenas durante um dia, dadas as elevadas velocidades de transmissão que consegue.
A margem de armazenamento, no entanto, deve diminuir com o passar do tempo, com a NASA a estimar que daqui a dez anos o Telescópio deve reter ‘apenas’ 60 GB de capacidade devido ao desgaste e à radiação.