A Amazon anunciou os vencedores do Alexa Prize TaskBot Challenge e surge um projeto português na lista. O TWIZ, desenvolvido por alunos do Departamento de Informática da FCT Nova, diferenciou-se pela introdução de factos curiosos na conversação, melhorando a experiência de conversa e aumentando o envolvimento e empatia com o utilizador. A abordagem mereceu o segundo prémio no Alexa Prize TaskBot Challenge e arrecadou um prémio de 100 mil dólares, o equivalente a 95 mil euros ao câmbio atual.
O desafio proposto neste concurso, lançado em 2021, foi a criação de soluções multimodais para o sistema de conversação do assistente virtual da Amazon, Alexa, mais especificamente para sistemas de conversação que envolvam diversos passos, como acompanhar uma receita culinária ou pintar um móvel. O objetivo passa por, com recurso à Inteligência Artificial, recriar uma conversa como as que acontecem entre dois humanos.
O sistema proposto pela equipa portuguesa (TWIZ ou Task Wizard) propõe “uma experiência envolvente, na qual os utilizadores são guiados através de conversas multimodais, para que a tarefa selecionada seja concluída com sucesso”, explica o comunicado de imprensa. Ao introduzir factos curiosos na conversação relacionados com a tarefa, verificou-se um maior nível de interação dos utilizadores com o assistente digital, sublinha a Amazon.
A FCT Nova foi a única organização da Península Ibérica a constar da lista de dez participantes (seis dos EUA, três da Europa e uma da Ásia). A equipa que desenvolveu o TWIZ é orientada por João Magalhães e é composta por David Semedo, Rafael Ferreira, Diogo Tavares, Diogo Silva, Frederico Vicente, Mariana Bonito, Gustavo Gonçalves, Rui Margarido, Paula Figueiredo e Hélder Rodrigues. No início da competição, a equipa recebeu recursos da Amazon e 250 mil dólares para a investigação, 150 mil dólares em recursos cloud, e com o segundo lugar na competição, arrecadaram mais 100 mil dólares como prémio para a equipa.
“Algoritmos baseados em transformadores funcionam extremamente bem em ambiente controlado, mas em ambiente de conversação é natural para os utilizadores continuarem a tentar até encontrar o que realmente querem. (…) Isto cria muitos novos comportamentos exploratórios que podem levar a conversas que devem ser divertidas e interativas”, comentou Rafael Ferreira, líder de equipa e aluno de doutoramento da FCT Nova.
Em primeiro lugar, ficou um projeto da Universidade de Glasgow que levou para casa 500 mil dólares.