“Não é só um número. Cada um destes exoplanetas é um novo mundo, um novo planeta. Estou entusiasmada com cada um deles porque não sabemos nada sobre eles”, explica Jessie Christiansen, a responsável científica pelo Exoplanet Archive. O simbólico exoplaneta número 5000 foi agora descoberto, num lote de 65 novas adições ao arquivo.
Se se considerar que o primeiro exoplaneta foi descoberto na década de 1990, é possível perceber que a cadência de novas descobertas foi aumentando. O exoplaneta número 4000 foi descoberto em 2019, o que significa que a comunidade científica precisou apenas de três anos para encontrar mais mil exoplanetas.
Os dados recolhidos pelo agora ‘reformado’ Telescópio Kepler, pelo TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) e o trabalho de investigadores permitem a descoberta destes novos mundos fora do Sistema Solar.
O objetivo da comunidade passa também por analisar as condições nestes espaços, para aferir se são habitáveis ou se podem albergar mais vida.
Apesar de ainda não se ter encontrado um clone da Terra propriamente dito, Alexander Wolszczan, autor de um dos primeiros estudos sobre os exoplanetas, afirma que, “da forma como vejo, é inevitável que encontremos algum tipo de vida lá fora – provavelmente um tipo de vida primitivo”. Já a NASA, apesar de se congratular pelo exoplaneta número 5000, lembra que “a nossa galáxia provavelmente tem milhares de milhões destes planetas”.