O Sol é uma estrela variável cujo fluxo de energia muda regularmente, em ciclos de 11 anos aproximadamente, nos quais alterna entre períodos de baixa atividade com fases de intensidade mais elevada. Atualmente, o astro está a aproximar-se de um período mínimo de atividade, mas ainda tem algumas surpresas na manga, como uma erupção solar gigante que aconteceu no dia 15 de fevereiro. Os cientistas revelam que a explosão aconteceu no lado mais distante da Terra, não representando qualquer perigo para as infraestruturas do planeta e que a conseguiram identificar com uma fotografia captada pela Solar Orbiter.
A erupção consistiu na ejeção massiva de gases incandescentes que seguiram as linhas dos campos magnéticos. Caso acontecesse no lado do Sol virado para a Terra poderia causar problemas nas comunicações eletrónicas, nos sistemas de navegação e até eventualmente na infraestrutura de alimentação elétrica de partes do planeta, explica o NewAtlas.
O Full Sun Imager (FSI) da Solar Orbiter, operado em conjunto pela NASA e pela ESA conseguiu, numa única imagem, captar a gigantesca erupção e um plano do disco completo do Sol, numa fotografia inédita e que retratou o evento na sua totalidade. O FSI opera no espetro extremo ultravioleta, conseguindo estar a ‘olhar’ para o Sol e para a coroa e atmosfera solares ao mesmo tempo.
A sonda está numa trajetória de aproximação ao Sol e deve passar no ponto mais próximo a 44,9 milhões de quilómetros para estudar as regiões polares solares.
Os investigadores pretendem usar estas imagens da Solar Orbiter, em conjunto com informação de outros aparelhos como o SOHO, a Parker Solar Probe e a missão BepiColombo para perceber melhor como proteger a Terra dos efeitos deste tipo de eventos.