Apesar dos progressos notórios que a Europa tem vindo a fazer na redução de emissões de gases efeito de estufa, um estudo realizado pela maior empresa de serviços públicos da Europa, Enel, conclui que, a menos que haja um aceleramento na implementação das medidas de transição energética, não se conseguirá alcançar, até 2030, a meta desejada de redução de emissões poluentes.
Segundo noticiado pela Reuters, se permanecermos no ritmo atual, a Europa só irá alcançar em 2051 a sua meta de reduzir 55% dos gases de efeito estufa até 2030, afirmou um estudo da Fundação Enel e da European House-Ambrosetti.
O trabalho sublinha ainda que, no sentido de se conseguir cumprir esta meta, é necessário um investimento de cerca de 3,6 biliões de euros. Para além deste significativo investimento, as autoridades também necessitam de implementar um sistema funcional e intensificar os esforços. “É necessário acelerar e equipar-nos com um sistema governamental adequado à extensão do desafio e capaz de traduzir as intenções em ações concretas”, disse o presidente executivo da Enel, Francesco Starace. O estudo apontou ainda para o facto de que uma melhor cooperação entre os Estados-membros, bem como uma estratégia aplicada a nível regional, também iria impulsionar uma melhor integração no mercado.
Ainda segundo o estudo, se mantivermos este ritmo a Europa só alcançará a sua meta de 2030 de aumentar a parcela de energia renovável para 40% do consumo final em 2043. “(Isso) seria tarde demais”, frisou o presidente executivo.
Recorda-se que em julho deste ano, foram sugeridas a implementação de várias medidas ambiciosas, em conformidade com ‘Fit for 55’, que visavam colocar a União Europeia no caminho para alcançar os seus o objetivos até 2030.