A sonda Solar Orbiter, lançada em fevereiro, enviou agora as suas primeiras imagens do Sol. O aparelho conseguiu captar as imagens do astro rei mais próximas de que há registo e com esta partilha demonstra todo o seu potencial, no que toca ao nível de detalhe que será capaz de proporcionar.
A Extreme Ultraviolet Imager (EUI) da Solar Orbiter conseguiu captar imagens de mini-explosões ou mini-chamas que ajudam a aquecer a atmosfera do Sol e a NASA e a ESA têm elevadas expetativas quanto ao pormenor que irão conseguir quando usarem o SPICE, de Spectral Imaging of the Coronal Environment, para a recolha de dados. Daniel Miller, da ESA, confessa que “não esperávamos resultados tão bons e tão cedo”. Geralmente, as primeiras imagens enviadas pelas sondas são apenas testes para verificar se todos os instrumentos estão funcionais, mas, neste caso, conseguiram mesmo impressionar a comunidade científica.
Os resultados da Solar Orbiter são ainda mais relevantes se tivermos em consideração o impacto da atual pandemia. Durante mais de uma semana, o centro de comando da ESA para esta missão esteve encerrado, muitas das operações críticas tiveram de ser feitas remotamente (pela primeira vez) e houve ainda um quase encontro com as ‘caudas’ de iões e poeiras deixadas pelo cometa ATLAS, elenca o Engadget.
A missão da sonda está a correr conforme o planeamento e há a expetativa de conseguir obter mais informações sobre os pólos do Sol onde, a cada 11 anos, começa um novo ciclo de atividade solar, o que pode colocar os astronautas em perigo.
Veja o vídeo com a partilha das primeiras imagens da Solar Orbiter.