Três consórcios de entidades portuguesas de investigação vão receber, cada um, até 75 mil euros para o desenvolvimento de tecnologias focadas na prevenção e resposta a problemas de saúde. Portugal foi assim o segundo país a conseguir mais projetos apoiados pelo EIT Health InnoStars, uma iniciativa do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT, na sigla em inglês), ficando só atrás da Roménia, que teve quatro projetos selecionados.
Um dos projetos portugueses chama-se LIBRA e é uma plataforma focada em comportamentos saudáveis desenvolvida pela Promptly Health, uma spin-off da Universidade do Porto e do Centro Hospitalar Universitário de São João. Outro projeto tem o nome FRADE e é uma ferramenta focada em deteção e prevenção de quedas, em desenvolvimento pela Associação Fraunhofer Portugal Research e pela Escola Superior de Enfermagem do Porto. O terceiro projeto chama-se ADHERENCE e usa a câmara do smartphone para monitorizar a pressão arterial através do processamento avançado das imagens, técnica que está a ser desenvolvida pelo Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e pela Medida, outra spin-off da Universidade do Porto.
“O nosso objetivo é estimular o desenvolvimento de inovações na área da saúde na nossa região. Trabalhamos constantemente na procura de novos talentos e convidamo-los a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo EIT Health. Desta forma, conseguem obter não só o melhor aconselhamento, treino e financiamento da categoria, como o apoio necessário para a sua inovação, fomentando igualmente o crescimento da região”, afirma Elísio Costa, coordenador do núcleo de saúde do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia da Universidade do Porto, em comunicado.
Com os três consórcios portugueses, foram apoiados projetos de um total de 15 consórcios na área da saúde, de oito países. Entre os outros projetos selecionados está, por exemplo, um mecanismo de inteligência artificial para a descoberta de medicamentos em estágio inicial, um sistema robótico inovador para tratamento do cancro e ainda adesivos para tratamento da psoríase. Todos os projetos apoiados vão ser concluídos até ao final de 2020.