O ritmo a que a Betelgeuse está a ficar cada vez mais escura não tem precedentes. Os astrónomos estão a tentar perceber se isto será um sinal de que está em marcha um colapso e que a supernova poderá mesmo explodir em breve. No final de fevereiro, os investigadores esperam já ter mais certezas sobre o que poderá vir a acontecer. Sabe-se que a Betelgeuse não tem mais de cem mil anos e que a sua morte pode acontecer a qualquer momento. Caso se confirme a explosão, a luz poderá ser vista durante o dia e o local irá aparecer mais brilhante do que a Lua durante algumas semanas. A última vez que tal aconteceu foi no século XVII.
Edward Guinan, que tem observado a estrela há décadas, conta à Cnet que a Betelgeuse está o menos luminosa e o mais fria desde que se começou a medir, há 25 anos. O astrónomo Tony Philips conta que há outros cenários em cima da mesa que não o fim propriamente dito. Este cientista explica que poderemos estar perante poeiras solares ou manchas solares que se atravessam à frente da estrela ou, a hipótese menos excitante de todas, o arrefecimento e o escurecimento podem mesmo ser parte do comportamento natural do astro, lembra a Cnet.
A equipa de Guinan, no entanto, insiste que “há algo muito invulgar a acontecer”. A estrela consegue ir a um período de pulsação de até 430 dias e, se for esse o caso, o ponto menos luminoso irá acontecer ainda a 21 de fevereiro.
Os astrónomos vão continuar a observar a estrela para verificar se começa a recuperar o brilho.