Descola em fevereiro e promete dar uma nova perspetiva sobre o Sol – e também sobre as tecnologias portuguesas. Em especial da Critical Software, que acaba de de dar a conhecer alguns detalhes sobre a participação no desenvolvimento do novo satélite da Agência Espacial Europeia que é lançado em fevereiro com o objetivo de executar novas missões de observação do Sol. Solar Orbiter é o nome do novo satélite.
A softwarehouse de Coimbra enaltece o contributo dado para o Solar Orbiter, com «o desenvolvimento dos vários sistemas de software como, por exemplo, o sistema central de comando e controlo, a análise e avaliação de requisitos, o sistema de deteção, isolamento e recuperação de falhas, ou o software de gestão de comportamento térmico», refere em comunicado.
Desde os primórdios que a Critical se tem destacado no desenvolvimento de sistemas de controlo de funcionalidades críticas para missões espaciais que evitam ou limitam falhas e bugs de software. Com o Solar Orbiter, o grau de exigência aumenta consideravelmente – a ponto de os responsáveis da Critical classificarem a missão como uma das mais duras que alguma vez foram protagonizadas por um satélite artificial.
«A cada cinco meses, o Solar Orbiter estará mais próximo do Sol do que Mercúrio – a cerca de 40 milhões de quilómetros – e haverá períodos de dois meses e meio em que a equipa não terá qualquer comunicação com o satélite. O sistema de controlo de órbita e atitude, também ele certificado pela Critical Software, terá uma função fulcral no desempenho do satélite, visto que basta um pequeno desvio de um grau na inclinação do satélite para que este se incendeie», explica a Critical Software.