Pierri Baldi é um dos autores do algoritmo criado na UCI, nos EUA. O investigador explica que o sistema aprendeu por si a melhor forma de resolver o Cubo de Rubik e que considera que «a lógica de pensamento da IA é completamente diferente da dos humanos». «Foi como uma criança (…) Primeiro demos-lhe os problemas mais fáceis e progressivamente os mais complexos», disse Baldi à Popular Science.
Para considerar o feito deste algoritmo, é necessário ter em salientar que não se trata de um robô, com pequenos dedos metálicos a resolver o Cubo, mas sim apenas um software. Este algoritmo conseguiu aprender, de forma faseada, como chegar à combinação perfeita, com o menor número de movimentos possível. O algoritmo foi confrontado com mais de dez mil milhões de combinações possíveis e apresentado com o objetivo de ter de o descodificar em 30 movimentos. O DeepCubeA conseguiu testar mais mil desafios e resolvê-los todo, fazendo-o 60% das vezes com o mesmo número ou menos do que os humanos.
O campeão humano de 2019 em resolver este desafio foi Philipp Weyer, que conseguiu a proeza em sete segundos. Em média, um humano precisa de 50 movimentos para solucionar o Cubo.
No ano passado, um robô do MIT conseguiu resolver um cubo de Rubik em 0,38 segundos e Baldi publicou uma simulação do seu sistema aqui.
Os cientistas e especialistas trabalham muitas vezes em ambientes de jogos e desafios para conseguir proezas como esta e para depois as aplicar a situações do mundo real. Pierre Baldi explica que, por exemplo, o mesmo raciocínio e método pode ser usado para treinar um robô para limpar uma cozinha, que pode estar suja e desarrumada de uma série de maneiras diferentes, mas o resultado final tem de ser sempre o mesmo.