A China está a preparar-se para enviar uma sonda e um veículo de exploração para Marte pela primeira vez em meados de 2020. A SpaceNews avança que o Centro Nacional de Ciência para o Espaço pretende integrar na sonda câmaras de alta e média resolução, radares, um espectrómetro de minerais, analisadores de partículas energéticas e um magnetómetro.
O veículo de exploração pesa cerca de 240 kg, move-se com energia solar, vai estar equipado com um radar capaz de penetrar o solo, uma câmara multiespectral, um espectroscópio laser e um instrumento para detetar e registar alterações climáticas e magnéticas.
Este mês a Academia de Tecnologioas de Propulsão no Aeroespaço completou os testes de um motor capaz de atingir uma força de 7500 Newtons, que vai ser usado no processo de desaceleração durante a aterragem no planeta vermelho.
A SpaceNews confirma que já foram decididos dois locais preliminares de aterragem, nomeadamente, Chryse Planitia (nome grego que significa “planície dourada”) e Isidis Planitia, uma planície perto do local de aterragem dos veículos Curiosity e Viking 2. A publicação afirma que a escolha dos locais de aterragem foi feita mediante os seguintes fatores: limitações de engenharia no sistema de voo; desafios da entrada em Marte e na aterragem; objetivos/propósitos científicos da missão.
Embora a China tenha já levado sondas à Lua, o Chang’e-3 e o Chang’e-4, os desafios de uma ida ao planeta vermelho são mais complexos, nomeadamente, no momento de passagem pela atmosfera, a aeronave pode sobreaquecer e o processo de aterragem com auxílio de paraquedas pode ser afetado – até à data só a Nasa é que conseguiu esta proeza científica.
Embora sem confirmação, segundo a SpaceNews, o foguetão que poderá vir a ser escolhido para esta missão é o Long March 5, embora as últimas missões em que foi usado tenham ocorrido em 2017.