Investigadores da Universidade do Colorado e do Instituto Nacional de Standards e Technologia (NIST) anunciaram ter conseguido arrefecer um cristal 2D com quase 200 iões à temperatura mais baixa possível. Este avanço pode abrir caminho à computação quântica de grande escala, através da tecnologia de iões presos em armadilhas.
A nova técnica usa iões com carga positiva para criar uma forma de se manterem afastados uns dos outros. Deste modo, os iões passam a estar “circunscritos” com recurso a campos magnéticos e elétricos. Organizados de uma forma correta, os iões arrumam-se em cristais que, na computação quântica, se limita a 1D, uma única fila de iões espaçados regularmente. Com o cristal 2D, torna-se possível tirar partido das vantagens da solução 1D, mas de forma mais compacta.
Os investigadores trabalharam no sentido de conseguir esconder os iões que estavam a baixas temperaturas e “mostrar” os iões mais quentes para que o laser de arrefecimento os esfriasse. O feito só é possível porque os iões usados têm diferentes estados quânticos e apresentam características distintas.
Em teoria, o sistema devia conseguir arrefecer os iões 95% do tempo, mas nos primeiros testes só foi possível fazê-lo 70% do tempo, o que para já é considerado como um falhanço. A equipa vai continuar a trabalhar na solução para conseguir arrefecer os cristais 2D, de forma a que possam ser usados em computação quântica de grande escala.