O Summit venceu o prémio de supercomputador mais poderoso do mundo, retomando aos EUA um título que foi atribuído à China nos últimos cinco anos. Este computador é gerido por investigadores do governo dos EUA e ocupa uma área equivalente a dois campos de ténis, tendo mais de 27 mil processadores gráficos. A máquina foi usada para treinar algoritmos de aprendizagem profunda para fazer exercícios sobre o clima a uma velocidade nunca antes registada nsete setor. O objetivo era detetar padrões climáticos, como ciclones e a experiência terá impacto quer na IA, quer na meteorologia no futuro.
O projeto demonstra o potencial científico de se adaptar a aprendizagem de máquina aos supercomputadores. Para este fim, a equipa de Oak Ridge National Lab colaborou com engenheiros da Google e da Nvidia para assegurar, em primeiro lugar, a adaptação da tecnologia de código aberto TensorFlow à escala do Summit e, em segundo lugar, que os chips gráficos estavam a colaborar e a comunicar da forma mais eficiente possível, explica a Wired.
Um estudo da OpenAI mostra que o poder de computação publicamente anunciado duplicou a cada 3,4 meses desde 2012, o que equivale a um aumento de 11 vezes a cada ano. Foi esta evolução que ajudou, por exemplo, a Alphabet a criar máquinas que destronam campeões humanos em videojogos e jogos de tabuleiro e a garantir a precisão dos serviços de tradução.
O futuro passa por um novo tipo de chips que integram mil núcleos, chamados TPU, de tensor processing units, e que são acapazes de atingir os 100 petaflops.
A experiência com o Summit valeu aos investigadores o Gordon Bell Prize por irem além das fronteiras na supercomputação.