O processo da fotossíntese artificial alimenta-se de dióxido de carbono e água e, em vez de os transformar em folhas e ramos como as árvores reais, transforma-os em produtos ricos em carbono, como álcool. É usado um tipo de células solares especial que absorve a luz do Sol e canaliza eletricidade para um repositório de água com dióxido de carbono. Um catalisador atua e transforma estas matérias em oxigénio e um subproduto rico em carbono. De acordo com uma investigação conduzida por cientistas na Alemanha, esta poderá ser uma arma da Humanidade contra o aquecimento global, noticia a Popular Science. O oxigénio resultante será libertado para a atmosfera, enquanto o subproduto pode ser armazenado de forma segura, por exemplo, em campos de petróleo vazio.
Matthias May, um físico integrado neste grupo, explica que «a grande diferença é que usamos materiais artificiais, inorgânicos para isto, o que efetivamente permite taxas de conversão muito mais eficientes». Como estas taxas são maiores, este processo exige menos água e terra do que o processo congénere natural. O grupo sugere a instalação destas árvores falsas mesmo no deserto onde não está a ser feita captura de dióxido de carbono através de árvores ou quintas.
A opção por armazenar o subproduto e não o reutilizar faz com que o dióxido de carbono não volte a ser libertado pela atmosfera, contribuindo efetivamente para o arrefecimento do planeta. «Reter as emissões vai ser sempre a alternativa mais barata e mais atrativa», refere May.
O desafio que se apresenta ao grupo e à comunidade científica passa por desenvolver catalisadores baratos e eficientes e células solares que durem no tempo. A fotossíntese artificial apresenta-se assim com um grande potencial, embora possivelmente exija um grande investimento financeiro à partida.