Originalmente, o mandato de quatro anos de Jan Woerner terminaria em julho do próximo ano. No entanto, sabe-se já que irá segurar a posição por mais dois anos e fará parte das próximas reuniões ministeriais, onde os estados-membro decidem em que programas irão investir e com que montantes.
Jan Woerner pretende conseguir aprovação para os projetos em curso e aproveitar a permanência no lugar para definir melhor o futuro da Estação Espacial Internacional, planear o regresso à Lua e preparar os desafios com os veículos espaciais reutilizáveis.
A Space News publica uma longa entrevista com Woerner, onde são debatidas algumas destas questões. O responsável explica que os ciclos da direção da ESA são de quatro anos, enquanto as reuniões ministeriais são de três em três anos, o que faz com que os dois não coincidam sempre. Assim, o executivo pede a extensão do seu mandato para conseguir garantir a continuidade. «Se olharem para o que fizemos no meu primeiro mandato, tivemos muitas missões espaciais: seis com astronautas de diferentes nacionalidades. Tivemos muitas atividades de observação da Terrra. Tivemos 26 satélites Galileo em órbita e o desenvolvimento do Ariane 6 e do Vega C está em curso».
Woerner explicou ainda que a visão do futuro assenta em dois aspetos: melhorar a vida quotidiana, através da ciência, exploração e segurança, além de observações da Terra, telecomunicações e navegação e, em segundo lugar, em trazer um melhor futuro para o nosso planeta, com abordagens tecnológicas e uma nova cadeia de motivação para fascinar mais pessoas com o espaço.
Nesta entrevista, ficou ainda confirmada a colaboração entre a ESA e a agência espacial russa no desenvolvimento de missões espaciais robotizadas à superfície da Lua e a colaboração com a NASA no projeto Gateway.