O foguetão United Launch Alliance Atlas V deve sair de uma base na Califórnia no próximo sábado em direção a Marte, levando a bordo a sonda InSight, alimentada a energia solar. Esta sonda deve chegar à superfície marciana em novembro para uma missão de dois anos a explorar a estrutura e a composição do interior do planeta.
«Gostamos de dizer que é o primeiro check-up exaustivo desde que o planeta foi formado, há 4,5 mil milhões de anos», diz Thomas Zurbuchen, o responsável da NASA por esta missão, citado pelo Space.com.
A sonda vai usar essencialmente dois aparelhos na sua missão: o SEIS, de Seismic Experiment for Interior Structure, e o HP3, de Heat Flow and Physical Properties Package. Os dados recolhidos pelo SEIS vão ajudar os cientistas a perceber melhor a estrutura da crosta de Marte e, dada a sua sensibilidade, tem de ser transportado numa câmara a vácuo. Foi precisamente um problema nesta câmara, detetado em 2015, que fez com que a missão tivesse de ser adiada para agora. Por outro lado, o HP3 vai trabalhar cinco metros abaixo da superfície, avaliar a temperatura e fornecer informações sobre o interior do planeta e como este evoluiu ao longo do tempo. Por fim, os instrumentos de comunicação da sonda vão determinar a sua localização com uma precisão de dez centímetros e ajudar a perceber melhor o eixo de rotação do planeta “vermelho”.
O investigador principal desta missão, Bruce Banerdt, diz que «o objetivo da InSight é nada menos do que melhor perceber o nascimento da Terra – o nascimento do planeta em que vivemos».
Os EUA investiram 814 milhões de dólares nesta missão, enquanto França e Alemanha investiram 180 milhões para desenvolver os aparelhos de medição a bordo.