As algas absorvem o dióxido de carbono, como outros vegetais, sobrevivem em diferentes condições, crescem rapidamente, necessitam de pouco fertilizante e não precisam de pesticidas. O ponto que mais interessa aos investigadores, no entanto, é a possibilidade de usar algas como combustível para aviões ou como alimentação para gado.
As microalgas podem ser transformadas em biocombustível, como acontece com o milho ou a cana de açúcar. Estas plantas são neutras em termos de emissões de carbono e durante a fotossíntese têm a capacidade de converter dióxido de carbono em combustível.
A Solazyme, de São Francisco, já comercializa combustível baseado em algas para alimentar carros, camiões, navios e até aviões a jato. Se ecologicamente faz todo o sentido apostar nesta fonte, financeiramente ainda fica mais caro investir na tecnologia verde em detrimento dos combustíveis fósseis, noticia a Popular Science.
Depois de remover os óleos necessários para criar os combustíveis, a substância das algas que resta pode ser deixada a secar e transformada em proteína para alimentar galinhas, vacas ou porcos, deixando a terra arável poder ser usada para alimentação humana. Um estudo de 2015 mostra que as vacas podem subsistir com uma dieta onde 45% da alimentação vem das algas. Por outro lado, o óleo usado para criar combustível pode ser também adaptado para dar origem a um substituto para manteiga, óleo e até gema de ovo.
A utilização de microalgas para todos estes fins ainda tem de se tornar economicamente mais vantajosa para poder ser adotada por cada vez mais pessoas e empresas.