A equipa de Geoffrey Marcy analisou os números enviados pelo telescópio Kepler e concluiu que os planetas do mesmo tamanho a até quatro vezes o tamanho da Terra são bastante comuns na Via Láctea. Estes planetas gravitam em torno de estrelas como o nosso Sol, o que para os cientistas é surpreendente dado que o nosso sistema solar não inclui este tipo de planetas.
Os cientistas classificam-nos de exoplanetas com massa sub-neptuniana e incluem os planetas com medidas entre as da Terra e as de Neptuno (quatro vezes a Terra). Os investigadores afirmam que 26% das estrelas como o Sol têm um ou dois pequenos planetas com órbitas com menos de cem dias. No mesmo estudo, conclui-se que 11% das estrelas têm planetas com o mesmo tamanho ou o dobro do da Terra e que recebem a mesma ou até quatro vezes mais luz proveniente da sua estrela.
Este estudo não conclui, no entanto, se as dimensões dos planetas os tornam mais ou menos propícios a albergar vida. «Não temos qualquer evidência da existência de vida multicelular à volta de outras estrelas, ou sinais de vida inteligente», afirma Marcy.
O investigador explica que é necessário realizar um censo exaustivo para se conseguir perceber quais as condições de habitabilidade nestes planetas.