O acordo foi alcançado na sexta-feira à noite, após uma maratona negocial entre os 27 estados-membros. O projecto obteve a aprovação da larga maioria dos estados – apenas a Alemanha votou contra, tendo a Espanha optado pela abstenção. Estes votos “não-favoráveis” não chegaram para impedir o sucesso das negociações de um projecto que muitos anteviam remetido ao impasse devido a questões orçamentais. Há cerca de seis meses, o consórcio de empresas privadas que liderava o desenvolvimento da constelação e satélites Galileo dissolveu-se e deixando o projecto sem mecanismos de financiamento e liderança, no que toca às várias etapas de fabrico e operacionalidade dos satélites europeus, que pretendem concorrer com a constelação de satélites de localização norte-americana, que dá pelo nome de GPS. A princípio, as negociações afiguravam-se difíceis: fracassado o consórcio privado, restava como única solução financiar a constelação de satélites através do orçamento comunitário, sem afectar o orçamento comunitário. Como é que isto foi possível?: através da aplicação de das verbas não dispendidas noutras áreas e sem afectar o orçamentop comunitário até 2013 – propôs a presidência da UE, actualmente encabeçada por Portugal. A proposta acabou aprovada por quase todos. A Alemanha votou contra por achar que as verbas não aplicadas nas outras áreas devem regressar aos países de origem e a Espanha absteve-se, noticia o Público. Com esta aprovação, os responsáveis comunitários comprometem-se a “descobrir” no orçamento comunitário 2400 milhões de euros para o desenvolvimento da constelação de satélites Galileo, a que se juntam 308,7 milhões de euros para a constituição do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (IET).
Constelação de satélites Galileo aprovada
Vai custar 2400 milhões de euros, mas não deve sobrecarregar o orçamento comunitário. Foi com estas duas condições que o desenvolvimento dos satélites Galileo saiu do impasse.
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