Indústria 4.0 é uma das áreas que mais irá beneficiar da introdução da nova tecnologia 5G, que garante maior velocidade e uma menor latência nas comunicações.
Mais flexibilidade, inovação e produtividade ajudarão a transformar a indústria nacional.
A indústria nacional conta hoje com bons exemplos de boas práticas e smart factories líderes nos seus setores (moldes, cortiça, calçado, entre outros) depois de, ao longo dos últimos anos, ter iniciado um caminho de transformação digital e de processos. Aliás, de acordo com o estudo EU Advanced Technologies for Industry – Product Watch, a utilização de tecnologias ICT (Information and Comunication Technologies) na indústria nacional está dentro dos padrões europeus, com particular destaque para o posicionamento (3ª posição nos EU-27) no uso de robots industriais. No entanto, e apesar dos bons exemplos, “existe sempre espaço para melhorar a performance e eficiência operacional e, assim, tornar as organizações portuguesas mais competitivas num mercado global”, defende Paulo Rego, Diretor de Produto e Pré-Venda da Altice Empresas que, acredita que o 5G será um dos ingredientes essenciais para uma transformação rápida e necessária.
A Indústria 4.0, definida como a transformação digital de unidades e cadeias de valor industriais, tem por objetivo atingir novos patamares de produtividade e inovação de produto, flexibilidade na adaptação de unidades a uma produção cada vez mais dinâmica, suportada numa abordagem real time enterprise capaz de decisões fundadas em informação recolhida e analisada em tempo quase real. “Para que seja uma realidade, precisamos de visão e tecnologia que nos transportem para novos níveis de automação, manutenção preditiva, controlo de qualidade em tempo real, aumento de valor de produto e otimização de distribuição, a par de uma experiência de cliente melhorada”, reforça Paulo Rego.
Modelos de negócio digitais
Ao longo dos últimos anos foram várias as tecnologias que, aos poucos, começaram a ganhar importância no chão de fábrica, e a dar corpo a novos modelos operacionais e de negócio. Do IoT, para a sensorização e automatização de dispositivos nas unidades de produção, à cloud computing para o suporte flexível ao armazenamento e partilha de elevados volumes de dados, passando por opções de edge computing requeridas por aplicações críticas em tempo real, existem múltiplos exemplos em que a tecnologia já faz a diferença nas unidades fabris. Com a introdução do 5G, possível desde o início do ano, muitos chãos de fábrica conseguirão tirar ainda maior partido destas e de outras tecnologias. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning para aplicação de algoritmos de análise e suporte à decisão, redes de dados de elevada fiabilidade e baixa latência para suportar uma elevada quantidade de dados e respostas imediatas, e cibersegurança integrada das componentes de telecomunicações e IT para garantir aplicações mission critical, serão algumas das tecnologias que mais beneficiarão com o 5G. “O 5G como conetividade premium sem fios em ambiente indoor e outdoor irá potenciar a criação de novos ecossistemas com tecnologias já existentes, agora com maior alcance, uma vez que a conetividade 5G abre a porta a novos casos de utilização”, acredita Paulo Rego. O Diretor de Produto e Pré-Venda da Altice Empresas exemplifica: “o recurso combinado de 5G e tecnologia de Realidade Aumentada/Realidade Virtual, face aos tempos de latência mínimos, permitirá experiências imersivas muito mais apelativas e eficazes, que podem, por exemplo, dar azo a novos patamares de excelência em formações on job e assistência remota assistida”. Por outro lado, o leque de utilizações proporcionado pela conjugação da analítica de vídeo com dispositivos de vídeo 5G permite tirar partido de imagens de alta resolução e aplicá-las em áreas e situações muito diversas. “A integração é ponto-chave entre todas as aplicações, que poderão comunicar e trocar informação dentro do mesmo ecossistema 5G”, explica Paulo Rego que, acrescenta “por exemplo, a analítica de vídeo pode gerar alarmes com base em imagens obtidas por câmaras de vídeo e, por via da integração, mobilizar de imediato as equipas de segurança. Ao facultar, de forma automática, o contexto desse evento, por exemplo o som e vídeo, no sistema de comunicações interno utilizado por essas equipas, assegura-se a sua rápida mobilização, garantindo uma intervenção mais célere a articulada”. O responsável destaca ainda a conjugação de drones com câmaras de vídeo e tecnologia 5G de transmissão em tempo real, com o objetivo de alargar o leque de aplicações na indústria.
A caminho da Fábrica 3D
Obter uma produção de excelência, típica de uma fábrica do futuro da Indústria 4.0, implica digitalizar para adaptar o Product Lifecycle Management (PLM) às necessidades do mercado e tornar os produtos mais competitivos. Para tal, é necessário considerar qual a melhor tecnologia a aplicar, os modelos de negócio digitais a seguir e as novas metodologias a usar. “A solução Fábrica 3D, lançada recentemente pela Altice Empresas, vem simplificar esta tomada de decisão, dando a conhecer a performance da fábrica em tempo real, ajudando a simular novos cenários de produção e facilitando o treino virtual dos colaboradores”, explica Paulo Rego. A Fábrica 3D permite a visualização em tempo real da performance de toda a unidade fabril, através de um modelo 3D exato do seu chão de fábrica (digital twin), garantindo a antecipação e rápido diagnóstico de situações que afetem a operação e reduzindo o tempo dos ciclos de produção.
Além desta solução, o portfólio da Altice Empresas, desenvolvido especificamente para o setor industrial inclui ainda soluções IoT, quer na componente de conetividade IoT, com o IoT Connect que agora integra também a conetividade 5G, quer na disponibilização de soluções completas, destinadas a endereçar um desafio específico, como a Monitorização Ambiental. No portfólio de soluções Cloud, destaque para as ofertas de Servidores Privados, Cloud Híbrida Multicloud Azure, AWS e Google e também Cloud Híbrida Azure Stack Hub, a cloud Azure alojada no Data Center Altice da Covilhã, o que garante permanência dos dados em Portugal e baixa latência na transferência de dados.
Adicionalmente, e porque a segurança é um elemento essencial em qualquer plataforma tecnológica, a Altice Empresas disponibiliza soluções de segurança de rede, segurança de IT nos diferentes modelos de prestação de serviços Cloud, bem como soluções para gestão de risco. Por outro lado, através do serviço SOC – Security Operations Center, a Altice Empresas dispõe de ferramentas e equipas para monitorizar, prevenir, detetar e responder a ataques de cibersegurança.
Recorde-se que a indústria ocupa o 12º lugar dos 16 setores da economia portuguesa, destacando-se pela sua capacidade de gerar valor, onde é o 11º melhor setor. Um cenário que ilustra o peso e a importância da indústria para o desenvolvimento e para a capacidade competitiva do país, e mais um argumento de peso para que o país tire agora o melhor partido da tecnologia 5G para desenvolver as fábricas digitais.
Organização e gestão de operações no topo dos benefícios do 5G
A médio prazo, o 5G deverá ser a tecnologia sem fios dominante em chãos de fábrica, graças às suas vantagens de cobertura, robustez face a interferências eletromagnéticas e maior segurança. A sua capacidade de facilitar a complicada interação entre os múltiplos protocolos atuais é outra das vantagens desta tecnologia, tornando mais simples todas as operações de automação de chão de fábrica digitalização/gestão de qualidade/análise preditiva, e dashboards para suporte ao processo de tomada de decisão.
Os exemplos na sua utilização e aplicação são os mais diversos e tudo depende do tipo de negócio, setor ou área de atividade. Fique a conhecer mais algumas soluções onde o 5G pode realmente fazer a diferença.
• Campus digital – Manutenção preditiva, monitorização, vídeo analítica, drones, entre outros. A captação de streaming de câmaras de vídeo de elevada resolução permite utilizações tão amplas como controlo de qualidade com algoritmos AI para monitorização de falhas face a padrões, deteção de intrusões em locais críticos, vigilância anti roubo e outros.
• Connected Worker – Comunicações críticas, bio conetividade de colaboradores (ambientes mais inóspitos e de maior risco), comunicação homem-máquina, suporte especializado remoto, wearables, entre outros.
• Gestão logística/assets – Manutenções remotas, controlo remoto, gestão de assets (tracking e inventário), automação de dispositivos com mobilidade (por exemplo AGVs/robots) in/outdoor logistic sensoring, entre outros.