A Waymo pretende assegurar que as suas soluções de condução autónoma são mais seguras para as estradas, peões e condutores do que os seres humanos atrás do volante. Para esse efeito, a empresa criou a figura de um supercondutor virtual, que replica os comportamentos e padrões de um humano, e comparou as duas abordagens numa série de simulações.
Com milhões de acidentes e mortos nas estradas, é importante estarmos em direção a um futuro onde se consiga transitar em segurança e rapidamente. Os carros autónomos, como os da Waymo, podem ajudar a chegar lá. Os diferentes operadores do segmento têm negociado com os legisladores a sua atuação, defendendo que os carros autónomos não ficam embriagados, não se distraem, cumprem limites de velocidade e, de uma maneira geral, cumprem a lei, sendo mais seguros. Agora, a Waymo defende estes argumentos com dois estudos inéditos onde compara o desempenho de um veículo autónomo com a condução humana. O primeiro destes trabalhos compara os tempos de resposta das duas soluções em casos onde a colisão é iminente. O segundo estudo analisa uma nova metodologia para avaliar quão bem os sistemas autónomos evitam colisões. Para estes trabalhos foi criada a figura do NIEON, de non-impaired with eyes always on the conflict, ou seja, um modelo que simula a condução de um humano que não se canse, não sofra de fatiga e que tenha os olhos sempre na estrada, explica o The Verge.
O supercondutor criado pela Waymo, sempre atento, conseguiu evitar colisões em 62,5% dos casos e reduziu o risco de ferimentos graves em 84% das situações. O veículo da Waymo, no entanto, superou estas marcas com 75% das colisões evitadas e reduzindo o risco de feridos graves em 93%.
A previsão de resposta de um condutor humano em cenários de colisão iminente é muito importante no contexto da segurança rodoviária e sempre foi um desafio conseguir obtê-la com exatidão. Estas definições ajudam depois a moldar os sistemas de condução autónoma, para que também eles atuem em conformidade, evitando colisões ou perda de vidas humanas.
A Waymo pretende que este estudo e outros semelhantes ajudem a conduzir conversações e negociações com os reguladores, de forma a que os carros autónomos sejam uma realidade cada vez mais presente.