Acabadinho de chegar às estradas, a nova versão Renault ZOE vem com mais autonomia, carregamentos da bateria mais rápidos, além do design mais moderno, o que o torna muito apetecível para quem pretende usar o ZOE nas deslocações do dia-a-dia (permitindo uma semana de circulação com apenas um carregamento – ou seja, cerca de 3,4 euros e já explicamos como chegámos a estas contas).
Aquele que foi, em 2012, um dos percursores da revolução elétrica no mercado automóvel europeu, tornou-se um líder de vendas entre os familiares compactos 100% elétricos. Esta nova versão do ZOE, acabada de lançar, continua a acrescentar argumentos à mobilidade elétrica ao prolongar a sua autonomia e ao amplificar as vias de carregamento.
Inegavelmente amigo do ambiente, o novo ZOE, com a sua nova bateria de 52 kWh, consegue elevar o seu raio de ação até 395 quilómetros em ciclo misto (WLTP). A bateria consegue agora receber carregamentos rápidos, de até 50 kW. Só para se ter uma ideia: de acordo com a marca, numa tomada doméstica (3,7 kW) uma carga total demora cerca de nove horas e meia. Nos postos de via pública de 11 kW é possível carregar energia para 125 km em cerca de uma hora. Já nos Postos de Carregamento Rápido de 50 kW, como aqueles que são disponibilizados pela rede Mobi. E, é possível, em apenas 30 minutos, obter energia para percorrer até 150 km.
Basta, para carregar, abrir a pequena entrada dianteira em forma de losango e escolher entre os dois cabos/tomadas existentes, o de corrente alternada e o de corrente contínua, que é novidade nesta versão.
Custos de utilização imbatíveis
Um automóvel elétrico não é apenas sinónimo de zero emissões em funcionamento. É também sinónimo de imbatíveis custos de utilização. Com um consumo de 17 kW aos 100 quilómetros, o Novo Renault ZOE custa cerca de 3,4 euros em energia elétrica – e isto tendo em conta o valor de 0,2 euros/kWh em tarifa doméstica. Para percorrer os mesmo 100 quilómetros, um automóvel a diesel custa quase o triplo, como confirmam as contas: com um consumo de 6l/100 km e o litro de gasóleo a 1,45 euros, percorrer 100 quilómetros obriga a uma despesa de 8,7 euros. Numa quilometragem média anual de 20.000 km, a diferença de custo do “combustível” entre um ZOE ou um modelo equivalente a diesel cifra-se em mais de 1.000 euros.
Sendo que, nestas contas, não se previu a possibilidade dos carregamentos serem efetuados em tarifa bi-horária, em que o custo do kWh se reduz sensivelmente para metade.
De acrescentar que não são apenas os custos do combustível que são favoráveis num automóvel 100% elétrico. Também os custos associados à manutenção são em regra entre 20% a 30% inferiores aos de qualquer automóvel equipado com um motor de combustão.
Ser elétrico é um detalhe
Há mais no ZOE, além de ser um citadino 100% elétrico. Nesta versão, não foi descurado o prazer da condução, tendo sido acrescentado ao já existente motor de 80 kW de potência (o R110), um novo, mais eficiente e de resposta mais pronta, com 100 kW (136 cavalos), o R135, com autonomia de 386 quilómetros.
Outro melhoramento no sentido da eficiência tem a ver com o aumento da capacidade de o ZOE regenerar a energia durante desacelerações e travagens graças ao novo modo B, que, simultaneamente, aumenta a capacidade de travagem com o motor e de recarga da bateria. Um exemplo? Em condução normal, em estrada ou na cidade, ao aliviar-se a pressão sobre o pedal do acelerador, a desaceleração imediatamente produzida substitui a travagem, com vantagens visíveis no que toca ao aproveitamento da energia para recarregar a bateria. Uma característica que permite a condução com um só pedal, muito mais confortável.
As condições de segurança foram também otimizadas, com um upgrade do sistema de travagem, da direção e da eletrónica, com a incorporação, entre outros atributos, de sete novas ajudas à condução (ADAS).
Exteriormente, e porque os olhos também comem, a zona frontal apresenta um design mais moderno, destacando-se a nova grelha, a adoção de faróis de nevoeiro e os vincos no capot. No interior, a qualidade dos revestimentos é notória e é oferecida a opção de revestimento dos bancos de do tablier em tecido produzido a partir de materiais reciclados. Destaque também para a tecnologia a bordo, que inclui a incorporação de dois painéis digitais Easy Link com 9,3” – um, em frente ao condutor, contém as informações do computador de bordo; o display central espelha as funções do telemóvel com o Apple Car Play e é a partir dele, e do seu ecrã tátil de 10”, que o condutor comanda diversas funcionalidades, tais como o sistema de navegação. Como bom familiar, o novo ZOE tem cinco lugares e uma bagageira com capacidade de 338 litros. E está à espera que o venham buscar, desde o início de novembro, nos concessionários Renault.