Distinguir as melhores práticas de saúde e bem-estar nas empresas, e incentivar o interesse por políticas empresariais nestas áreas motivou a Workwell, especialista em programas de Saúde e Bem-Estar para empresas, a AGIS – Associação para a Gestão e Inovação em Saúde e a Aon Portugal, empresa de serviços profissionais nas áreas do risco, reforma, saúde e pessoas, a lançar a 1.ª edição dos Wellbeing Awards. “Assiste-se a uma crescente preocupação com o bem-estar dos colaboradores na cultura organizacional, tornando-se importante distinguir e premiar as organizações genuinamente preocupadas com seus colaboradores, que sirvam de exemplo a seguir”, explica Tiago Santos, CEO da Workwell.
O timing escolhido, numa altura em que a pandemia está finalmente a dar tréguas, também não foi aleatório. “Abre-se agora uma janela de oportunidade interessante para a entrega destes prémios, uma vez que farão o reconhecimento das ações que as organizações, no geral, tiveram o cuidado de implementar para salvaguardar, apoiar e tornar mais resilientes as suas pessoas num período que foi desafiante para toda a sociedade”, salienta Nuno Abreu, HR Solutions Executive Director da Aon Portugal.
Conscientes de que este é o momento de avançar, Workwell, AGIS e Aon Portugal uniram esforços para, desenvolver esta iniciativa, cujas candidaturas estão abertas até ao próximo dia 15 de abril. Em paralelo, assumem, é também uma oportunidade de se desafiarem enquanto organizações que lidam diariamente com as questões do bem-estar e da saúde no trabalho, e de desafiar o tecido empresarial e as pessoas que diariamente trabalham nesta área e com este objetivo. Adicionalmente, os promotores acreditam que esta pode ainda ser uma forma de incentivar outras organizações a iniciarem o seu caminho ou a continuar a investir nesta área fundamental.
A provar a sua importância estão as conclusões do 2021 Global Wellbeing Survey, um estudo da Aon que aponta que uma melhoria de 3% no bem-estar dos colaboradores pode significar um aumento de 1% na satisfação e retenção dos clientes. O estudo revela ainda que uma melhoria de 3,5% da performance em bem-estar nas empresas pode levar a uma subida de 1% na satisfação dos colaboradores e na aquisição de novos clientes, enquanto apenas 4% de melhoria nos programas de bem-estar as organizações poderão alcançar 1% de crescimento dos lucros e, simultaneamente, um decréscimo de 1% na rotatividade de colaboradores. “Há, cada vez mais, um reconhecimento direto de que o investimento no bem-estar holístico dos colaboradores traz retorno para o negócio das organizações”, explica Nuno Abreu.
No entanto, a verdade é que a consciência desta relação não foi sempre tão óbvia, o que abre agora espaço para que as organizações estejam também dispostas a implementar mais soluções e mais estruturadas. Na opinião de Tiago Santos, o ecossistema do bem-estar nas organizações mudou, “de forma positiva, radicalmente nos últimos anos e é importante dar a conhecer as organizações que mais se têm dedicado a construir uma proposta de saúde e bem-estar para as pessoas, alinhada com a sua missão e com os seus valores enquanto entidades corporativas”. Este é, por isso, o momento indicado para olhar para o tecido empresarial nacional, e para identificar e distinguir as organizações com os projetos inovadores que têm desenvolvido em prol dos colaboradores.
Pessoas saudáveis e felizes trabalham melhor
Várias categorias, que incluem ‘Healthiest Company’ (prémio para a organização com colaboradores mais saudáveis) e ‘Wellbeing Program’, (prémio para o melhor programa de qualidade de vida e bem-estar corporativo), entre outros, que visam destacar as melhores práticas de bem-estar, saúde e felicidade nas organizações divulgando os melhores exemplos do que se faz no mundo empresarial em Portugal. Liderança e cultura de bem-estar, melhor programa de saúde mental, melhor comunicação e engagement dos colaboradores no bem-estar, e a personalidade de bem-estar do ano serão algumas das distinções atribuídas às organizações que mais se destaquem em cada uma destas vertentes. Para participar, cada organização deverá preencher um formulário que se encontra disponível no site do evento (https://wellbeingawards.eu/).
Após a submissão das candidaturas, até 15 de abril, segue-se a fase de avaliação e deliberação sobre as organizações vencedoras. O processo de avaliação segue uma metodologia previamente definida e recorre a dados quantitativos e qualitativos. A avaliação dos diferentes critérios é feita com base na resposta a três questionários (Healthiest Company, Wellbeing Maturity Index e Resilience Assessment) que permitirão avaliar os índices de saúde e estilo de vida, o impacto e nível de maturidade dos programas implementados e a resiliência das forças de trabalho e organizações. A cada uma destas metodologias corresponde um conjunto critérios que são avaliados com recurso a escalas que permitem obter scores finais (pontuações).
Para o processo de avaliação das candidaturas, a organização compôs um comité de jurados, com conhecimento específico da área, seja pelo meio académico ou profissional, constituído por Generosa do Nascimento (Professora e Diretora do Executive Master em Gestão de Pessoas e Liderança no ISCTE), Helena Marujo (Professora Associada no ISCSP), Isabel Moço (Coordenadora e Docente na Universidade Euriopeia), Isabel Paiva de Sousa (Executive Education Programmes Manager na Porto Business School), Nuno Abreu (HR Solution Executive Directorda Aon Portugal), Cristina Nogueira (CEO da HappyTown), Pedro Almeida (Professor no ISPA), Salvador da Cunha (CEO da Lift) e Tiago Santos (CEO da WorkWell), sendo presidido por Nuno Simões (Presidente da Direção da AGIS).
Em conjunto, a organização e o Comité de Jurados avaliarão todas as candidaturas para chegar a uma shortlist final. As organizações que fizerem parte dessa lista serão convidadas a realizar um breve pitch, um elemento adicional de apoio à decisão final de atribuição dos prémios.
Segundo o Global Wellbeing Survey de 2021, Portugal é um dos países onde as organizações mais implementam estratégias de promoção do bem-estar (cerca de 64% das organizações a nível nacional adotam este género de estratégias). Ao mesmo tempo, as empresas portuguesas são as que, na EMEA (Europe, Middle-East and África), têm maior probabilidade de ter uma estratégia de bem-estar integrada com o seu negócio e políticas de talento (26%), um cenário que estará provavelmente relacionado, entre outros fatores, com a componente cultural dos portugueses. “Somos um povo naturalmente empático e preocupado com o outro, o que nos torna mais predispostos – lideranças e colaboradores – à adoção de políticas e programas que visem promover um ambiente saudável para cada colaborador desenvolver o seu trabalho (e as suas competências), da melhor forma”, acredita Nuno Abreu. Para o Executive Director da Aon Portugal, a pandemia veio lembrar-nos o que já sabíamos: a importância do desenvolvimento de iniciativas de saúde e bem-estar, como resposta às necessidades de qualquer força de trabalho.
Atualmente, e de acordo com o mesmo estudo, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a saúde mental, o ambiente de trabalho e a saúde física são as principais preocupações das organizações. “E este é um dos pontos que nos leva a reforçar a importância da implementação de estratégias de promoção do bem-estar dos colaboradores, pois só assim será possível desenvolver forças de trabalho mais saudáveis, motivadas, resilientes e, consequentemente, mais capazes de atingir os resultados de negócio”, reforça Tiago Santos, CEO da Workwell.