É o parceiro de referência na gestão dos ativos físicos das maiores empresas portuguesas – do seu portfolio constam nomes como o BPI, os CTT, Galp, EDP, CUF ou a Sonae. Com sete anos de existência, a portuguesa Nextbitt tem planos ambiciosos de crescimento e de internacionalização, e um novo posicionamento estratégico.
Numa única plataforma, disponibilizam soluções de gestão do património que incluem a inventariação de edifícios, o cadastro de equipamentos, a gestão documental, o planeamento de manutenções e de intervenções ou a gestão de contratos e de prestadores de serviços. Uma oferta que ganha agora uma nova dimensão com a inclusão de dois novos módulos focados no Sistema de Gestão Energética e Sistema de Gestão Ambiental, naquele que é um novo posicionamento estratégico com o intuito de incorporar a sustentabilidade nas diversas dimensões da plataforma.
As novas diretivas europeias de reporte de sustentabilidade estão a criar desafios às empresas, impelidas a medir e divulgar a pegada carbónica já a partir de 2024 – ou 2023, no caso do setor financeiro. Uma oportunidade para a Nextbitt, que assume a intenção de ser uma referência no setor, a nível nacional e internacional.
“A sustentabilidade é o pilar fundamental em que assenta o futuro da empresa, mas também da sociedade como a conhecemos. No entanto, é importante ter consciência de que sem uma gestão rápida e ágil dos ativos físicos das organizações, estas não conseguirão assegurar que estão a endereçar da melhor forma a redução da pegada carbónica, evidenciando o nível de execução da estratégia nessa dimensão da sustentabilidade. Assim, pretendemos focar-nos em entregar a melhor solução de ativos físicos do mercado e olhar para a sustentabilidade como o fator determinante para elevar e diferenciar o negócio Nextbitt”, explica Miguel Salgueiro, Founder & Partner da empresa.
Através da sensorização de edifícios e de equipamentos, a plataforma passa a disponibilizar indicadores operacionais de sustentabilidade em tempo real, como consumo de energia, de água, produção de resíduos ou a utilização de combustíveis fósseis, permitindo às empresas medir e atuar em conformidade. “A sustentabilidade é uma questão de gestão de dados”. Soluções para novas exigências que, a curto-prazo, não se vão cingir a exigências regulatória, mas antes afetar toda a cadeia de valor de uma empresa: “A cotação das empresas será afetada por critérios de sustentabilidade que serão também tidos em conta na hora de contratar um crédito ou de aceder a um concurso público. Até o crédito à habitação será indexado à eficiência energética dos edifícios”, nota o empresário.
Para acelerar o crescimento, com foco no desenvolvimento tecnológico na área da sustentabilidade e na expansão internacional, a Explorer Investments acaba de injetar €5 milhões na empresa. “Ambicionamos, no espaço de 5 a 10 anos, ser uma referência internacional”, assume o responsável da empresa, que diz ter na IBM e na SAP os seus principais concorrentes. O mercado internacional representa hoje cerca de 15% do volume de negócios da tecnológica, cujo objetivo é chegar aos 50%, com a aposta em mercados como Espanha, Inglaterra, França ou Países Baixos.
Para isso, a empresa que emprega hoje 40 pessoas, prevê contratar mais 60 colaboradores, nas áreas de consultadoria e programação, marketing digital, ambiente e RH, “que é hoje quase tão importante como uma área financeira”, conta Miguel Salgueiro. O empresário confessa a dificuldade em contratar na área tecnológica, mas não só: “No ambiente é um drama. No espaço de 12 meses deixámos de ter engenheiros do ambiente no mercado. Hoje, é quase mais difícil contratar colaboradores do que angariar clientes”.
Com mais de um milhão de ativos sob gestão, a empresa mais do que duplicou o volume de negócios durante a pandemia e faturou, em 2021, €3 milhões. Com um novo posicionamento e um elemento diferenciador na sua oferta, focado na sustentabilidade ambiental em tempo real, Miguel Salgueiro está confiante em relação ao futuro: “Acreditamos muito nisto. Acreditamos que o próximo ano será um ano de explosão”.