A Nordea Asset Management (NAM), uma das maiores gestoras de ativos nos países nórdicos, escolheu Portugal para abrir o seu terceiro hub, a nível global, de apoio ao desenvolvimento internacional. Nils Bolmstrand justifica a escolha do país com as competências técnicas e linguísticas: “A pool de talento foi a razão mais importante. É extremamente competente e diversificada. E também devido ao elevado nível de domínio, não só da língua inglesa, mas também de outras línguas. Isso é extremamente importante quando operamos em diferentes mercados”, afirma o CEO da NAM, que esteve esta quarta-feira em Portugal para o lançamento do hub. “Estamos muito orgulhosos de ter uma terceira casa em Portugal”. Copenhaga e Luxemburgo completam a tríade.
A NAM chegou a Portugal em 2020, quando abriu o escritório de vendas, em tudo idêntico aos escritórios que detém em cada um dos países onde está presente, ao todo, 18. Atualmente, o país é responsável por €500 milhões, de um total de €292 mil milhões, que a gestora tem sob gestão globalmente.
O novo hub terá, no entanto, funções diferentes. Em Oeiras ficarão sedeadas as atividades de apoio à distribuição (marketing, reporte de clientes, gestão de produto, CRM, etc) e às operações (gestão de risco, back e middle office, TI, legal e compliance), que darão suporte aos diferentes escritórios de vendas, principalmente do sul da Europa e América Latina. Aos 40 colaboradores que a NAM já tem no país, a gestora conta somar, pelo menos, mais 60. Christophe Girondel, CEO da NAM em Portugal, identifica o perfil que procura: profissionais com experiência prévia na gestão de ativos; e profissionais nas áreas das tecnologias de informação e marketing, independentemente dos setores nos quais operem à data. No total, a NAM antecipa vir a deter cerca de 10% da sua força de trabalho em Portugal.
Quanto à possibilidade de alargar as competências do hub nacional para a gestão de investimentos, Nils Bolmstrand não descarta essa hipótese: “Não fazemos revoluções, fazemos evoluções. Primeiro há que lançar as fundações mas não tenho dúvidas de que Portugal será uma parte importante do negócio”.