Quase metade dos consumidores em Portugal faz compras regulares online, segundo um estudo desenvolvido pela DPD e pela GFK, divulgado esta quinta-feira. A pandemia levou a um aumento dos e-shoppers regulares em 11% no mercado português. Ainda assim, o número de compradores online regulares continua a abaixo da média europeia.
“Segundo os dados apresentados, atualmente 46% do total de consumidores online no país realizam compras via e-commerce com regularidade, isto é, pelo menos uma vez por mês. Este crescimento do número de e-shoppers regulares verifica-se, sobretudo, na faixa etária entre os 30 e os 39 anos, com rendimentos mais elevados (+15% face a 2019) e em ambos os géneros (49% deste grupo é constituído por indivíduos do sexo feminino, e 40% do sexo masculino)”, indica o estudo que incluiu inquéritos a mais de mil consumidores portugueses.
A nível europeu, a proporção de consumidores online que fazem compras pelo menos uma vez por mês é de 48%. Em Portugal os e-shoppers regulares fizeram, em média, 36,5 compras num ano, abaixo das 42,8 realizadas pelos consumidores europeus. A percentagem média das compras online no total foi de 11,6% no mercado nacional, o que compara com a média de 15,5% na Europa. No entanto, e mesmo após o forte aumento de compradores online regulares desde o início da pandemia, o estudo refere que a média de consumo em Portugal “tem potencial para crescer”.
De acordo com o barómetro desenvolvido pela DPD, “os produtos de Moda continuam a ser o tipo de bens mais comprados online (61% do total de compras online), assim como os produtos de Beleza/Saúde (51%) e Livros (46%)”. Mas nota-se um crescimento acentuado da categoria de frescos e bebidas, “que registaram um aumento de 16% face a 2019”. O estudo indica que “atualmente, 35% dos e-shoppers portugueses regulares compram produtos desta categoria via online”.
Já em relação à forma de entrega, o barómetro conclui que “a entrega ao domicílio continua a ser a opção mais adotada pelos e-shoppers regulares em Portugal (84%). Atrás desta surgem as entregas no local de trabalho (30%), na loja do retalhista (12%) e numa loja de proximidade (10%)”. O estudo destaca ainda o facto de os cacifos “serem mencionados, pela primeira vez, enquanto opção para entrega de encomendas, representando a preferência de 3% dos e-shoppers regulares portugueses”.
Outra das grandes conclusões é que cerca de “70% dos e-shoppers inquiridos priorizam websites, retalhistas ou apps com opções de entrega amigas do ambiente”. Aliás, “cerca de 82% dos consumidores online regulares consideram que as marcas têm de ser ambientalmente responsáveis, mas apenas 50% destes consumidores garantem que compra produtos amigos do ambiente sempre que possível, e só 43% estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços que respeitem o ambiente”.
Além de Portugal, o barómetro incluiu outros 21 países europeus. Foram feitas mais de 23 mil entrevistas, num trabalho de campo realizado entre 2 de junho e 16 de julho do ano passado.