A multinacional GlobeScan decidiu incluir Portugal na edição deste ano do estudo mundial que avalia as perceções e os comportamentos dos cidadãos em relação às preocupações ambientais, económicas e sociais, bem como à adoção de práticas mais saudáveis.
O estudo, intitulado Healthy & Sustainable Living, deverá ser apresentado em setembro deste ano e os seus resultados pretendem ajudar as organizações, como os governos, as organizações não governamentais e as empesas a perceber melhor a mentalidade dos cidadãos, as suas pretensões e qual a sua disposição para alterar comportamentos ambientais e sociais.
Neste inquérito, a GlobalScan tenta ainda identificar as barreiras que ainda existem na adoção de escolhas mais saudáveis por parte das pessoas e, também, as escolhas sobre comércio local e produtos certificados.
Para a realização do inquérito nacional, a GlobalScan contou com a parceria da consultora portuguesa NBI – Natural Business Intelligence e com os patrocínios da Ageas e da EDP. Serão inquiridos mil cidadãos adultos em território nacional que ajudarão a identificar formas de colmatar o fosso entre o desejo das pessoas de viverem de forma mais sustentável e as medidas concretas através das quais as marcas e a sociedade civil podem ajudá-las, nesse sentido.
“O Healthy & Sustainable Living, que passará a ter periodicidade anual, pretende ser o principal barómetro para que as empresas, marcas e organizações possam acompanhar a razão de ser e tendências dos comportamentos dos portugueses no que toca às áreas do ambiente e da sustentabilidade. A comparação entre Portugal e os restantes países incluídos no relatório contribuirá também para que essa leitura se torne possível, de uma forma abrangente e global”, afirma Luís Rochartre Álvares, partner da NBI.
O relatório de 2020, de uma forma geral, a população mundial estava aberta a fazer escolhas para adotar comportamentos mais saudáveis e sustentáveis, mas não sabia por onde começar. O estudo foi feito em 27 países e contou com um universo de 27 mil inquiridos.
No inquérito do ano passado, feito em plena pandemia, o Covid-19, com 68%, e a propagação de doenças entre os humanos (62%) eram as principais preocupações da população. As alterações climáticas e a superexploração dos recursos naturais surgiam no terceiro lugar, ambos com resposta positiva de 60% dos inquiridos.
O relatório mostrou ainda que a população está aberta a fazer mudanças no seu estilo de vida, mas precisa que essas alterações sejam mais facilitadas. Em termos de prioridades, cerca de 74% deste universo afirma estar determinado a reduzir o seu impacto no meio ambiente.