Encerrado o plano de reestruturação, a Caixa Geral de Depósitos está a ultimar a estratégia para os próximos anos. Numa longa entrevista que pode ler na íntegra na edição de junho da EXAME, Paulo Macedo fez o balanço sobre a execução do plano de reestruturação e levantou o véu sobre as prioridades para os próximos anos.
O presidente da comissão executiva do banco público defendeu que a CGD poderá ter de estar ativa nos processos de consolidação do setor. “O plano estratégico é claro. Se a Caixa não tiver aquisições em quatro anos, deixará de ter a relevância que tem hoje. É uma constatação”, afirmou Paulo Macedo. O líder da instituição ressalvou que “a Caixa tem certas características especiais que implicam que qualquer movimento tenha de ser mais ponderado do que o de outra instituição”. Ainda assim, considerou que “se a Caixa estiver, à partida, excluída de qualquer movimento de consolidação, rapidamente deixa de ser líder em Portugal”.
Durante o último plano estratégico, que foi supervisionado pela Comissão Europeia, a CGD estava impedida de fazer compras. Mas essa limitação terminou no mês passado. Apesar de admitir “especial sensibilidade” no tema, Paulo Macedo não descarta que o banco público venha a estar ativo em movimentos de consolidação. “A minha missão é ser um banco relevante” e “o acionista vai ter uma palavra determinante”, disse o líder da Caixa.
Paulo Macedo argumentou que “se houvesse um banco espanhol de dimensão a operar em Portugal que adquirisse outro banco português de dimensão, imediatamente passaria à frente da Caixa”. E acredita que se a CGD não fosse um banco público, “provavelmente neste momento não era portuguesa”.
Este foi um dos muitos temas analisados por Paulo Macedo numa extensa entrevista, em que o líder da CGD revela as maiores dificuldades na execução do plano de reestruturação, as metas para remunerar o Estado, a expectativa para a nova equipa de gestão, os grandes desafios do setor, a aposta na digitalização e a estratégia para defender a rentabilidade. A versão integral pode ser lida na edição de junho da EXAME que está já disponível nas bancas e em versão digital.