O Governo deu hoje luz verde à designação de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal. O antigo ministro das Finanças vai tomar posse na próxima segunda-feira, 20 de julho.
A aprovação do nome do novo governador foi dada esta quinta-feira pelo Conselho de Ministros e anunciada pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa realizada no final da reunião.
Mário Centeno sucederá assim na liderança do supervisor do setor financeiro a Carlos Costa, que esteve dez anos no cargo e terminou o mandato no passado dia 7.
Uma sucessão que não foi isenta de polémicas, depois de o PAN ter proposto a existência de um período de nojo de cinco anos entre o tempo de exercício de funções governativas na área das Finanças e o desempenho do cargo de governador. No final de junho o Parlamento suspendeu por quatro semanas a apreciação do diploma, até que chegue do Banco Central Europeu o parecer pedido pelo PSD sobre o diploma do PAN.
Já a Iniciativa Liberal apresentou, por outro lado, uma providência cautelar para travar a nomeação (que considerava um “ato político). O Supremo Tribunal Administrativo alegou entretanto ser incompetente para decidir sobre a providência.
A proposta para a ida do antigo ministro para o Banco de Portugal tinha sido formalizada a 25 de junho, duas semanas depois de ser ter demitido da pasta das Finanças que ocupou durante cinco anos, no Governo de António Costa. Período durante o qual chegou a ser também líder do Eurogrupo, uma “pasta” que passou esta semana ao ministro das Finanças irlandês Paschal Donohoe.