Para se ter uma ideia da magnitude do negócio, estamos a falar de qualquer coisa como €94,2 mil por metro quadrado, 34 vezes o preço médio por metro quadrado de uma casa no concelho mais caro do País, Lisboa (dados do INE, relativos a novembro passado). E apesar de ser um recorde em termos de preço de habitação, até não é o valor mais elevado já pago por área naquela cidade norte-americana: uma outra penthouse, em 15 Central Park West, com 630 metros quadrados, foi vendida no passado por €123 mil por metro quadrado.
“Não é representativo do mercado. Considero-o um episódio, uma anomalia, uma venda extraordinária, muito semelhante ao que se vê no mercado da arte, em que alguém chega e gasta uma soma absurda – o que não indica necessariamente a evolução do mercado da arte,” salvaguarda Donna Olshan, presidente da Olshan Realty Inc.
Para Ken Griffin, 50 anos, fundador da gestora de ativos Citadel e com uma fortuna avaliada em $9,6 mil milhões (€8,5 mil milhões), esta é apenas mais uma casa numa rua do monopólio (real) que tem vindo a acumular. Nos últimos meses já investiu mais de $700 milhões em imobiliário nos EUA, incluindo quatro pisos no edifício Walton em Chicago, uma penthouse em Miami Beach (ambos na ordem dos $60 milhões), e a compra por mais $122 milhões (€108 milhões) de uma mansão em Londres próxima do Palácio de Buckingham, com 1 850 metros quadrados.
Segundo a CNBC, a penthouse de quatro andares comprada no Central Park em Nova Iorque está ainda em bruto (a torre esteve em construção até agora) e, para tornar o espaço habitável, o proprietário terá ainda de investir mais algumas dezenas de milhões de dólares.
Com projeto do atelier Robert A.M. Stern Architects e desenvolvido pela Vornado Realty Trust, o edifício 220 Central Park South está inspirado nas residências históricas de Nova Iorque, lê-se no site do projeto, que promete ainda “vistas magníficas para o parque” a partir de cada residência.