O grupo norte-americano de marcação de alojamentos locais anunciou hoje a sua estratégia para os próximos anos, e com objectivos ambiciosos: quer chegar aos mil milhões de hóspedes por ano, em 2028.
Para isso, a Airbnb está a revolucionar a forma como cataloga – e como os clientes podem pesquisar – os vários tipos de alojamento disponíveis. Face às três categorias actualmente disponíveis – Espaço Partilhado, Quarto Privado e Casa Inteira – o futuro imediato trará quatro novos tipos de propriedades: Casa de férias, Espaço Único; Bed & Breakfast e Boutiques. Esta medida pretende segmentar melhor a oferta e a procura, ajudando os proprietários a promover melhor os seus alojamentos e os clientes a procurarem de forma mais directa aquilo que pretendem, defende a empresa, em comunicado. A partir de agora, os proprietários poderão começar a classificar a sua oferta dentro destas categorias.
Na lógica de segmentação e de diversificação, outra das novidades é o que a marca chama Coleções Airbnb. Hoje são lançadas as Airbnb para Famílias e Airbnb para viagens de Trabalho, com as coleções para Casamentos, Luas de Mel, escapadinhas de Grupo e Festas ao Jantar previstas para o final deste ano, explica a empresa.
Há ainda um reforço na área do luxo, com duas novas categorias criadas. Alguns alojamentos serão catalogados como “Airbnb Plus”, o que significa que passaram por um processo de inspecção e certificação pessoal, avaliando mais de 100 pontos-chave, como a limpeza ou o design. Os donos deste tipo de alojamento beneficiarão de um posicionamento privilegiado dos seus anúncios, bem como serviços como consultoria de design e fotografia especializada.
Por último, é criado o “Beyond by Airbnb”, que surge no seguimento da compra da empresa de aluguer de casas de luxo Luxury Retreats, em 2017. Aqui, serão organizadas viagens personalizadas e para um segmento mais alto, incluindo a oferta de alojamento em algumas das casas mais luxuosas do mundo.
A própria comunidade passa a ser trabalhada de forma mais intensa, com programas de recompensas e vantagens para os hóspedes mais frequentes e para os proprietários com melhores classificações.
Mas se, em várias cidades europeias (e, de certa forma, também em Portugal) a empresa é acusada de contribuir para a transferência de casas para o alojamento local, saindo do arrendamento, a Airbnb afirma-se empenhada num “compromisso contínuo de associação com as autoridades em todo o mundo, no seguimento de regras que garantam que a Airbnb fortalece as comunidades”.
Para já, esta estratégia promete dar o salto de um modelo criado há uma década para uma oferta mais organizada e que tentará tirar partido da procura por experiências mais personalizadas e por alojamentos únicos, mais caros.